Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa

FEMINISMO NEGRO, GÊNERO E ENSINO DE HISTÓRIA

  

Notas preliminares

 

Entre temáticas atuais que permeiam o ensino de história, não se pode olvidar das que envolvem as discussões a respeito de gênero e de feminismo. Nesse sentido, buscamos refletir acerca da importância de tais pesquisas, a partir da construção de um pensamento teórico acerca do feminismo negro, em específico, como ferramenta para uma educação emancipadora.

 

Assim, esse texto destaca sobretudo a produção de autoras feministas negras e que pensam a sociedade a partir da superação do machismo, patriarcado e sexismo, buscando estabelecer reflexões acerca da relação existente entre algumas categorias, como é o caso de classe, raça e gênero e a contribuição para o ensino de história. Nesse sentido, o objetivo não é somente refletir sobre como o ensino de história tem sido atravessado por questões como o machismo e o patriarcado, mas também reafirmar o nosso engajamento como sujeitos pesquisadores, com o compromisso na luta antirracista, antimachista e antissexista, apontando as desigualdades presentes na sociedade e assim descontruir um lugar de mantença de privilégios dos brancos, mormente na sociedade brasileira.

 

Nesse contexto, recorremos a bell hooks (2019) para lembrar que todos nós, desde que nascemos, somos condicionados à aceitação de pensamentos e ações sexistas, logo, mulheres podem reproduzir práticas sexistas tanto quanto os homens. E para acabar com a instituição do patriarcado precisamos deixar claro que todos nós participamos desse processo de reprodução do sexismo até que mudemos de consciência e passemos a construir pensamentos e ações feministas, rompendo definitivamente com o sexismo institucionalizado e sistêmico. Pontuamos que bell hooks utiliza este nome em homenagem à bisavó, Bell Blair Hooks e faz questão de que seu nome seja escrito em letra minúscula, a fim de que seja dado destaque ao conteúdo de suas ideias e não à sua pessoa.

Outrossim, construímos essa reflexão em tempos de pandemia de Corona Vírus. Ocasião em que, de acordo com Muniz, Fonseca e Pina (2020) pessoas negras e pardas detém cinco vezes mais chances de contaminação do que pessoas brancas e vão a óbito igualmente em proporções maiores. Embora o Brasil careça de dados organizados minimamente, resta evidente a desigualdade social no país, com significativas características raciais.

 

Ressaltamos, nesse cenário pandêmico, o papel de mulheres e em especial a importância de mulheres negras. Françoise Vergès (2020) enfatiza a experiência de mulheres racializadas indicando uma relação dialética entre corpos eficientes corpos exaustos. De acordo com a autora, os corpos eficientes seriam os homens brancos, reconhecidamente pessoas de sucesso que trabalham longas horas em escritórios. Enquanto que os corpos exaustos são as mulheres negras que abrem as cidades, que despertam antes mesmo do sol raiar e são responsáveis pela limpeza dos ambientes, pelo recolhimento do lixo, pela higienização e organização do mundo. São tanto imprescindíveis, quanto invisíveis. Não foi por acaso que a primeira morte decorrente do COVID-19 no Brasil foi de uma mulher negra (https://www.oxfam.org.br/noticias/primeiro-caso-de-morte-por-covid-19-no-rio-e-o-retrato-da-vulnerabilidade-das-mulheres-na-pandemia/), empregada doméstica, que contraiu a doença da patroa que havia viajado para o exterior. Essa mulher não teve direito à quarentena, não teve direito a estar perto dos seus durante esse período.

 

Não pode ficar distante do ensino de história a discussão a respeito do funcionamento da sociedade. Especialmente quando atravessada por discussões de raça. Durante o período de pandemia de COVID-19 o trabalho realizado por mulheres negras não foi dispensado pelo mundo branco, questão que vai ao encontro da imprescindibilidade do trabalho realizado pela mulher negra, mais exposta ao vírus, à morte e à descartabilidade da vida.

 

Assim, esta reflexão não tem o objetivo de exaurir o tema, mas sim de jogar luz sobre as relações existentes entre feminismo, principalmente o feminismo negro, e o ensino de história, no intuito de desenvolvermos uma consciência crítica em estudantes e proporcionarmos uma educação emancipadora. Logo, este texto segue organizado em duas partes. Além destas notas preliminares conta também com uma segunda seção na qual são tratadas, brevemente, questões tocantes a gênero, feminismo negro e ensino de história.

 

Refletindo sobre gênero, feminismo negro e ensino de história

 

Trabalhar com categorias como gênero, raça e classe implica também a apropriação de diferentes correntes teóricas e metodológicas, porque em se tratando de gênero enquanto uma categoria útil à história e, consequentemente, ao seu ensino, não é possível fugir da própria lógica de construção conceitual que é europeia e norte-americana. Assim, percebemos a necessidade de compreensão de questões de gênero (no seu sentido mais amplo possível, envolvendo questões tocantes às mulheres, à população LGBTQIA+ – é uma sigla que abrange pessoas que são Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais/Travestis/Transgêneras/Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero e outras possibilidades de identidades de gênero e de orientação afetiva-sexual –, às masculinidades, entre outras correlações). Logo, evitando o perigo de uma história única, apresentado por Chimamanda Adichie (2019), entendemos que as diferentes histórias importam, sobretudo porque elas têm o condão de empoderar e humanizar um povo, um grupo social.

 

E quando pensamos a História e a sua construção, não podemos ignorar o fato de que por muito tempo houve um imaginário construído acerca de uma história para homens, aceita como universal, que ignorava a diferença entre sexos e se utilizava do trabalho gratuito de mulheres. Esse lugar de neutralidade, de universalidade e de centralidade foi ocupado pelo homem e ressaltamos, pelo homem branco. Susan Bordo (2000) menciona outro modo de alteridade, o que se relaciona com a população negra. Nessa situação também existe o universal, o homem branco e em cada ocasião em que o homem branco é construído e imaginado como se fosse um ser sem gênero ou raça, ocorre a perpetuação da alteridade em relação à população negra.

 

Ademais, infelizmente persiste em setores da produção histórica a ideia de que a historiografia que envolve as discussões acerca da História das Mulheres, Gays, Lésbicas e da população LGBTQIA+, é tida como uma história militante, não científica e ausente de neutralidade (PEDRO, 2011). A professora Joana Pedro também chama atenção para as pesquisas que estão sendo construídas na História. De acordo com Pedro (2005, p. 92):

 

“Com estes aportes, é necessário pensar que pesquisas estamos fazendo na História. Estamos usando esta disciplina para reforçar a heterossexualidade ao considerá-la como a norma? Como estamos observando os discursos da constituição do Estado? O que é generificado nestes discursos? Quais relações são feminilizadas e quais masculinizadas?[...] Ao observarmos, como profissionais da História, as práticas que ensejam a divisão sexual do trabalho, dos espaços, das formas de sociabilidade, bem como a maneira como a escola, os jornais, a literatura, enfim, os diferentes meios de comunicação e divulgação constituem as diferenças reforçando e instituindo os gêneros, estamos escrevendo uma história que questiona as “verdades” sedimentadas, contribuindo para uma existência menos excludente”.

 

É importante evidenciar como estas temáticas, sobretudo as que envolvem gênero, sexualidades e raça, adentram o campo da História muito em vista da impossibilidade de se desconsiderar as propriedades constitutivas dos sujeitos. A História e, obviamente o seu ensino, não formam um campo isolado e distante dos debates sociopolíticos e justamente por isso, diante de sua complexidade, é que se fomentam debates necessários. O processo de constituição de um campo não deve ou não deveria estar distante dos debates que se colocam da arena social.

 

Refletimos acerca do Ensino de História a partir do apontamento de que a academia se coloca como um espaço necessário e importante para que tais debates ganhem destaque e se coloquem como pautas políticas e científicas a serem consideradas. O campo do Ensino de História possibilita que as diferentes esferas e aspectos da sociedade se encontrem em um espaço diverso, complexo, relacional e isso se expressa na produção de conhecimento no campo. Entretanto, a amplitude dimensional do campo, o encontro de perspectivas, abordagens, temáticas de pesquisa e pautas em debate, traz o questionamento sobre como as discussões têm sido construídas e interpretadas pelos pesquisadores e pesquisadoras.

 

Relacionar o ensino de história com feminismo negro e com educação feminista para uma consciência crítica não é tarefa simples, contudo ela é cada vez mais necessária. bell hooks (2019, p. 43) ressalta a revolução construída pelo movimento feminista em currículos ao exigir o respeito pela produção acadêmica de mulheres:

 

“o movimento feminista criou uma revolução quando exigiu respeito pelo trabalho acadêmico de mulheres, reconhecimento desse trabalho do passado e do presente e o fim dos preconceitos de gênero em currículos e na pedagogia”.

 

A autora também ressalta a importância da literatura infantil como espaço determinante para a construção de uma educação feminista e formação de uma consciência crítica:

 

“exatamente porque crenças e identidades ainda estão sendo formadas. E, com muita frequência, os pensamentos retrógrados sobre gênero continuam sendo a norma nos parquinhos. A educação pública para crianças precisa ser um local onde ativistas feministas continuem fazendo trabalho de criar currículos sem preconceitos”. (hooks, p. 44).

 

Contudo, a academia persiste enquanto único local que hospeda esse tipo de discussão. Cabe a nós buscarmos e colocarmos esse tipo de discussão também nas salas de aula de História, ressaltando que quando nos referimos ao homem enquanto uma categoria universal de humanidade, acabamos por silenciar vozes e participações femininas ao longo da nossa História.

 

E como o feminismo pode agir nessa construção? De que forma o feminismo no ensino de História pode auxiliar na desconstrução do sujeito masculino universalizante? E como o ensino de História pode contribuir para a valorização do feminismo? São perguntas para as quais não possuímos respostas imediatas.

 

Lélia Gonzalez (1984) associava a hierarquização de saberes à racialização da população. Somamos a isso a compreensão de Djamila Ribeiro (2017, p. 24-25):

 

“[...] quem possui privilégio social possui o privilégio epistêmico, uma vez que o modelo valorizado e universal de ciência é branco. A consequência dessa hierarquização legitimou como superior a explicação epistemológica eurocêntrica conferindo ao pensamento moderno ocidental a exclusividade do que seria conhecimento válido, estruturando-o como dominante e, assim, inviabilizando outras experiências do conhecimento.”

 

Lélia Gonzalez (1984) foi responsável por mostrar como o feminismo hegemônico não contava com mulheres negras e indígenas, invisibilizando toda a luta empreendida por mulheres colonizadas. Ademais, ela compreendia o feminismo enquanto uma ferramenta útil no enfrentamento às desigualdades, ao capitalismo patriarcal e às opressões de caráter racial.

 

Djamila Ribeiro (2017) segue nos chamando a atenção para o modo como a língua pode ser uma barreira à construção do conhecimento e impedir uma educação transgressora. Lélia Gonzalez (1984, p. 238) também refletiu acerca disso:

 

“É engraçado como eles [sociedade branca elitista] gozam a gente quando a gente diz que é Framengo”. Chamam a gente de ignorante dizendo que a gente fala errado. E de repente ignoram que a presença desse no lugar do l nada mais é do que a marca linguística de um idioma africano, no qual o l inexiste. Afinal, quem é o ignorante? Ao mesmo tempo acham o maior barato a fala dita brasileira que corta os erres dos infinitivos verbais, que condensa você em  e está em  e por aí afora. Não sacam que tão falando pretuguês.

 

Quando associamos feminismo negro e ensino de história buscamos superar todas as formas de opressão, as de gênero, de classe e de raça. Pontualmente quanto ao trabalho feminino e reprodutivo, a história aponta para o fato de que as mulheres, desde a acumulação primitiva do capital, não tiveram acesso ao trabalho remunerado restando relegadas ao ambiente privado e ao trabalho doméstico, ambos extremamente uteis à reprodução das famílias e ao futuro do trabalho que é explorado na sociedade capitalista (FEDERICI, 2019).

 

Sueli Carneiro (2003, p. 50-51), atenta para a especificidade da categoria mulheres negras:

 

“Quando falamos do mito da fragilidade feminina, que justificou historicamente a proteção paternalista dos homens sobre as mulheres, de que mulheres estamos falando? Nós, mulheres negras, fazemos parte de um contingente de mulheres, provavelmente majoritário, que nunca reconheceram em si mesmas esse mito, porque nunca fomos tratadas como frágeis. Fazemos parte de um contingente de mulheres que trabalharam durante séculos como escravas nas lavouras ou nas ruas, como vendedoras, quituteiras, prostitutas... Mulheres que não entenderam nada quando as feministas disseram que as mulheres deveriam ganhar as ruas e trabalhar! Fazemos parte de um contingente de mulheres com identidade de objeto. Ontem, a serviço de frágeis sinhazinhas e de senhores de engenho tarados. São suficientemente conhecidas as condições históricas nas Américas que construíram a relação de coisificação dos negros em geral e das mulheres negras em particular. Sabemos, também, que em todo esse contexto de conquista e dominação, a apropriação social das mulheres do grupo derrotado é um dos momentos emblemáticos de afirmação de superioridade do vencedor. [...] Hoje, empregadas domésticas de mulheres liberadas e dondocas, ou de mulatas tipo exportação. Quando falamos em romper com o mito da rainha do lar, da musa idolatrada dos poetas, de que mulheres estamos falando? As mulheres negras fazem parte de um contingente de mulheres que não são rainhas de nada, que são retratadas como antimusas da sociedade brasileira, porque o modelo estético de mulher é a mulher branca. Quando falamos em garantir as mesmas oportunidades para homens e mulheres no mercado de trabalho, estamos garantindo emprego para que tipo de mulher? Fazemos parte de um contingente de mulheres para as quais os anúncios de emprego destacam a frase: “Exige-se boa aparência”.”

 

Destacamos que, em se tratando de trabalho de cuidados e de reprodução da vida, a desvalorização é histórica e associada ao sistema capitalista que privilegia o trabalho realizado externamente ao ambiente doméstico. E sendo as mulheres grandes responsáveis pela tarefa de reprodução da vida a elas também é designada a responsabilidade principal, mas não exclusiva, pela criação de crianças feministas. Nesse sentido, de acordo com Chimamanda Adichie (2015, p. 28):

 

“A questão de gênero é importante em qualquer canto o mundo. É importante que comecemos a planejar e a sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente.”

 

A autora dá sequência ao seu raciocínio ao afirmar que as questões de gênero determinam como devemos ser ao invés de reconhecer quem somos. Assim, seríamos mais felizes e mais livres para sermos quem realmente somos se não existissem as expectativas do gênero (ADICHIE, 2015). Vivemos numa constante busca pelo atendimento de um determinado padrão de gênero e tudo que se difere disso é apontado como estranho ou como indesejável.

 

Diante do exposto, apresentamos nossas considerações finais acerca da necessidade de se pensar a relação entre feminismo e ensino de história, enquanto potencialidade de se criar uma consciência crítica maior em estudantes. Não restam dúvidas de que quando recorremos às teóricas e pensadoras feministas negras estamos a pensar em um feminismo inclusivo, que pensa a realidade de países ainda muito desiguais, como é o caso do Brasil e de outros países da América Latina.

 

Novamente encontramos em Chimamanda Adichie (2015) inspiração para compreender os desafios de se pensar a educação emancipadora a partir do feminismo:

 

“Não é fácil conversar sobre a questão de gênero. As pessoas se sentem desconfortáveis, às vezes até irritadas. Nem homens nem mulheres gostam de falar sobre o assunto, contornam rapidamente o problema. Porque a ideia de mudar o status quo é sempre penosa. [...] Algumas pessoas me perguntam: Por que usar a palavra feminista? Porque não dizer que você acredita nos direitos humanos, ou algo parecido? Porque seria desonesto. O feminismo faz, obviamente, parte dos direitos humanos de uma maneira geral – mas escolher uma expressão vaga como direitos humanos é negar a especificidade e particularidade do problema de gênero. Seria uma maneira de fingir que as mulheres não foram excluídas ao longo dos séculos. Seia negar que a questão de gênero tem como alvo as mulheres. Que o problema não é ser humano, mas especificamente um ser humano do sexo feminino. Por séculos, os seres humanos eram divididos em dois grupos, um dos quais excluía e oprimia o outro. É no mínimo justo que solução para esse problema esteja no reconhecimento desse fato.”

 

Quando pensamos em feminismo e educação e, sobretudo, no feminismo negro, entendemos como ele se mostra enquanto uma ferramenta útil e potente no ensino de história, porque dá visibilidade a uma diversidade de sujeitos que historicamente restou relegada ou invisibilizada nos registros históricos. Ademais, o feminismo negro pode contribuir para o desenvolvimento de uma consciência crítica de estudantes, professores e professoras e toda a comunidade escolar que for envolvida no processo.

 

Referências biográficas

 

Dra. Mariana Barbosa de Souza, professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e mestranda em história (PPGH/UEPG).

Mestre Gregory Luis Rolim Rosa, Doutorando em Educação na Universidade Estadual de Ponta Grossa (PPGE/UEPG) com Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 

Referências bibliográficas

 

ADICHIE, Chimamanda. Sejamos todos feministas. Trad. Christina Baum. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

 

ADICHIE, Chimamanda. O perigo de uma história única. Trad. Julia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

 

BORDO, Susan. A feminista como o Outro. Revista Estudos Feministas, Vol. 8, No. 1, 2000, pp.:10-29.

 

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: ASHOKA EMPREENDEDORES SOCIAIS; TAKANO CIDADANIA (Orgs.). Racismos contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano Editora, 2003.

 

FEDERICI, Silvia. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. São Paulo: Elefante, 2019.

 

GONZALEZ, Lélia. Racismo e Sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984. Disponível em: <https://goo.gl/VFdjdq>. Acesso em: 17 abr. 2021.

 

hooks, bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Trad. Bhuvi Libânio. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.

 

MUNIZ; FONSECA; PINA (2020). Em duas semanas o número de negros por Covid-19 é duas vezes maior no Brasil. Disponível in: https://apublica.org/2020/05/em-duas-semanas-numero-de-negros-mortos-por-coronavirus-e-cinco-vezes-maior-no-brasil/. Acesso em: 12 abr. 2021.

 

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História [online]. 2005, vol.24, n.1, pp.77-98.

 

PEDRO, Joana Maria. Relações de gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Topoi (Rio J.) [online]. 2011, vol.12, n.22, pp. 270-283. ISSN 2237-101X. https://doi.org/10.1590/2237-101X012022015


RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala?. Belo Horizonte: Letramento, 2017.


VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

 

51 comentários:

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  2. Oi, Mariana Barbosa e Luis Rolim!

    Primeiramnte, parabéns pelo artigo, foi um prazer realizar a sua leitura. O feminismo negro concentra muitas pautas importantes, contextualizando a sociedade de forma como ela encara as queatões raciais e de genero, um vez que, o feminimo branco não compreendeu a sua sigularidade, além das pautas serem pensadas por mulheres brancas de classe média para mulheres brancas para classe media. A conquista por espaços de debates proporcionaram o surguimento de nomes importantes para o movimento. Aqui no Brasil Lélia Gonzales, sueli Carneiro, Conceição Evaristo, etc.

    Meus questionamentos são:

    A História é apresentada como universal, mas quando nos debrusamos sobre as camadas de são contempladas pelos históriadores vemos, na verdade, a exclusão das mulhes, principalmente das mulheres negras, crianças, o proletariado entre outtros grupos silenciados, mesmo com a lei 10.639/03, para vocês o que, ainda, inibe o transito das intelectuais negras cicularem nos livros didaticos?

    Por fim, com a proposta de ensino domiciliar, pelo atual governo, pode minar o pouco espaço conquistado por essas intelectuis, como vecês encaram essa proposta de ensino?

    Cordialmente, Elaine Alves da Silva - elainealvesdenatal@gmail.com

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa26 de maio de 2021 às 19:43

      Olá, Elaine!!
      Muito obrigada pela leitura do nosso texto e pela sua colocação. Primeiramente, quanto à inibição de intelectuais negras nos livros didáticos, entendemos que as propostas dos livros didáticos seguem uma política de governo e não de Estado. Por isso é possível perceber a diferença entre governos de caráter progressistas e não-progressistas a partir da forma como esses ampliam ou reduzem os espaços de participação. A literatura afrobrasileira ainda é de difícil acesso, apesar da existência de materiais de qualidade, de importância e que contam a história do povo negro no Brasil. As formas como obstáculos são criados para impedir a divulgação dessa literatura acabam restringindo o acesso da própria população afrobrasileira aos seus. Nada é por acaso e o silenciamento torna-se a política vigente.
      Quanto à segunda pergunta, entendemos que o ensino remoto atual atende a demanda atual, ou seja, de educação em contexto pandêmico. Isso não deve ser tomado como um argumento para a implementação de um modelo de ensino que despreza as particularidades e as necessidades já conhecidas no cenário da educação pública brasileira. Se em um contexto normal, o silenciamento já evidenciado da cultura afro e de seus(suas) intelectuais é alarmante, no contexto de ensino remoto o distanciamento de estudantes, do reconhecimento de sua identidade, torna-se imensurável.

      Obrigada pela atenção.
      Assinam essa resposta Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa

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  3. SOU OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA
    Olha, essa proposta para mim vai ser muito difícil para o aprendizado,pois o aluno perde o ritmo do ensino. Porque a sala de aula agrega todo conhecimento.
    OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa26 de maio de 2021 às 19:46

      Olá, Oleane!!

      Obrigada pelo seu comentário. Os desafios são muitos mesmo. Mas não podemos ignorá-los.
      Obrigada pela atenção.

      Assinam essa resposta Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa

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  4. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa

    Olha, essa proposta para mim vai ser muito difícil para o aprendizado,pois o aluno perde o ritmo do ensino. Porque a sala de aula agrega todo conhecimento.
    OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa26 de maio de 2021 às 22:53

      Olá, Oleane!!

      Obrigada pelo seu comentário. Os desafios são muitos mesmo. Mas não podemos ignorá-los.
      Obrigada pela atenção.

      Assinam essa resposta Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa

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  6. Queridos Mariana Barbosa e Gregory Luís,

    Por aqui, já se faz viável o papel das "mulheres cidades", onde as mesmas (mulheres negras), começam acordando os grandes centros urbanos, elas que são responsáveis pela limpeza e higienização da afluência. É notório, que o serviço das mulheres negras não foi e não é dispensado em circunstâncias desses aspectos da covid-19. O mundo branco ficou tão mal-acostumado assim? Essas "mulheres cidades negras" é uma "evolução" das mulheres negras escravizadas?
    Outrossim, a construção do mundo pelos homens brancos e o surgimento/reafirmação de uma classe em forma piramidal é notável, tendo como o topo homens brancos e mulheres brancas e na base os homens negros e mulheres negras implicam em uma menor visibilidade destas mulheres. A cientificação em massa branca, foi outro problema levantado pelo texto, que acabou enfraquecendo ainda mais o mundo feminino negro. Acredito, que o feminismo já não é uma forma tão eficaz para a luta e a desconstrução de um mundo patriarcal branco, hoje há várias ramificações do feminismo sejam eles branco/negro/lgbtqia+, etc. Cada um deles buscando uma verdade voltada aos seus interesses. A criação de várias bandeiras acabam implicando na pouco observação e entendimento de uma população um tanto marginalizada. Contudo, não falto com respeito aos movimentos, entendo e precisamos entender sua importância diante de um mundo tão globalizado e elitista branco, porém ainda falta uma pergunta que traga a debate tais lutas dessas mulheres: O que falta para englobar essas lutas femininas negras dentro de um mundo branco? Educação? Políticas? Diálogos? Radicalismo?

    Luiz Felipe Moura dos Santos.
    Email: formiga4mil@gmail.com

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    1. Boa noite a todos e todas
      Queridos Mariana Barbosa e Gregory Luís,


      Luiz Filipe de Moura Santos
      Para isso acontecer temos desfazer as amarras que prende a sociedade branca patriarcal, quebrar preceitos e preconceitos que foram estabelecidos dentro da sociedade brasileira

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    2. Boa noite a todos e todas
      Queridos Mariana Barbosa e Gregory Luís,


      Luiz Filipe de Moura Santos
      Para isso acontecer temos desfazer as amarras que prende a sociedade branca patriarcal, quebrar preceitos e preconceitos que foram estabelecidos dentro da sociedade brasileira

      OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

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    3. Boa noite a todas e todos
      Queridos Mariana Barbosa e Gregory Luís,

      Oleane Amancio De Oliveira
      Como podemos desfazer essas amarras, levando em considerado esse ambiente que vivemos, e cada grupo feminino buscam seus objetivos de forma que supram sua classe/cor/gênero, etc. Só desfazer essas amarras é muito superficial, não acha? Acredito que não é mais tempo de achismo, precisamos de soluções concretas.

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    4. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 19:47

      Olá, Luiz Felipe!!

      Muitíssimo obrigada pelo seu comentário e pela leitura do nosso texto. Muitas das questões pontuadas por você nos inquietam também.
      Entendemos que o capitalismo age para a individualização de pautas. Com isso, surgem muitas reivindicações individuais que ignoram um sistema maior e opressor. Talvez o maior exemplo disso seja o feminismo liberal. Quando olhamos a realidade particular do Brasil nos defrontamos com um modelo estatal específico que historicamente foi desumanizando o povo negro. O que temos no nosso país é um processo complexo de fortalecimento da identidade do povo preto. Aparentemente estamos sempre um passo atrás de outros movimentos anti-racistas, como é o caso do movimento norte-americano.
      Acreditamos que ocupar espaços no mundo branco pode ser uma das estratégias para que a igualdade racial e de gênero seja plenamente conquistada. Utilizar o campo da educação e de políticas educacionais, assim como da força dos movimentos sociais, faz parte desse processo.

      Obrigada pela atenção.
      Assinam esse comentário Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa

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  7. Gratidão pelo conhecimento passado. Eu, como mulher preta, filha de doméstica que carrega a mesma cor, sempre tento ficar de olhos bem abertos para o mundo eurocentrado que, infelizmente, estou inserida. Vejo a minha mãe sair ainda na escuridão da madrugada, chegar tarde, cansada a ponto de desmaiar e me deixar em pânico. Essa questão que vocês levantaram de corpos eficientes e corpos exaustos foi a que mais tocou em mim. Durante esta pandemia, em meio a todo caos mundial, pessoal, entrei em colapso mental. Quase desisti da vida universitária para tentar carregar a minha família nas costas, mas ao final, um salário mínimo a mais, não faria tanta diferença assim. O que precisamos é de dignidade, respeito. Aceitar que não somos totalmente descontruídos e que sempre há mais a aprender. E entender que nós, mulheres pretas, podemos chegar onde quisermos e sacudir esse patriarcalismo seletivo, pois, em sua maioria, o Brasil é feito de mães solos que precisam manter a sua família custe o que custar.


    Leitora: Karoline Pinheiro da Silva

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 19:49

      Olá, Karoline!!

      Não temos palavras para expressar o quanto ficamos tocados com o seu comentário. A sua realidade repete-se paulatinamente na vida de outros milhares de brasileiros. Obrigada pela leitura atenta do nosso texto e por compartilhar um pouco da sua história conosco.

      Um abraço fraterno para você e sua mãe.

      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  8. Boa noite a todos e todas
    Queridos Mariana Barbosa e Gregory Luís,

    Esse texto,tem haver com que passa as pessoas negras em nosso pais. Muitos acham que a pessoa negra merece pouco, mais foi a cor negra que ergueu esse país e se tornou gigante.
    Oleane Amancio de Oliveira

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 19:50

      Olá, Oleane!

      Obrigada pelo seu comentário.

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  9. Oi. Sou Eliana C. D. B. Nunes, sou educadora infantil, meu comentário é: como agir diante da pergunta de uma criança que diz, porque as pessoas são pretas, elas são pintadas quando nascem? Porque uma criança tem dois pais ou duas mães? Diante dessas indagações deixo minha opinião, deveria ser feito campanhas de esclarecimento e objetivar respostas,para criar uma sociedade liberal desde a infância, talvez, assim, se daria a devida importância aos padrões de gênero!

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 19:54

      Olá, Eliana!!

      Obrigada pela leitura do nosso texto.

      Concordamos com a sua opinião em relação à forma como esses assuntos devem ser abordados. Isso parte da formação de uma nova cultura, por meio da educação, da mídia, das políticas educacionais, etc.
      Infelizmente o que nós vivenciamos no país é o inverso. São práticas de retrocesso que afastam nossas crianças do entendimento da diversidade racial, cultural, de gênero que nos caracterizam, que nos definem e nos formam.

      Obrigada pela atenção.

      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  10. Dou aulas de história na periferia de Belo Horizonte e não consigo falar com alunos sobre ser negro.
    Eles (a maioria das turmas) não se veem como negros e não gostam de falar do tema, principalmente a ala feminina. Será por condicionamento construído dentro de casa?
    Murilo Luiz Gentil de Oliveira

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 19:58

      Olá, Murilo!!

      Muito obrigada pela leitura do nosso texto e pelo seu questionamento.
      Entendemos que racismo é um problema estrutural que condiciona a formação das identidades e um dos seus principais estratagemas é a destruição, desconfiguração da identidade negra, que não reconhece as suas particularidades, a sua cultura e a sua conformação enquanto homem (no sentido ontológico). São questões que são repassadas e não são desconstruídas, o que torna o trabalho docente um desafio ainda maior. Nos solidarizamos com a sua prática docente.

      Forte abraço.

      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  11. Texto incrivel, Mariana. Estou estudando sobre o tema, pois, é minha linha de pesquisa, e tenho uma dúvida. Como pôde-se discutir a influência de mulheres negras no feminismo, através da cena cultural do funk carioca a partir dos anos 2000?

    Gabriela Farias Oliveira

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:03

      Olá, Gabriela!!

      Obrigada pela leitura do nosso texto.
      Embora o funk carioca não seja o nosso objeto principal de estudo, entendemos que ele se mostra enquanto uma ferramenta útil e importante de disseminação da cultura e do feminismo negro. O funk empodera as mulheres da periferia a partir do momento em que ele se torna um mecanismo de voz para elas, para denunciar os seus estigmas e os seus desafios cotidianos, dentre outros ritmos, como o rap, o samba e etc.

      Obrigada pela atenção.

      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  12. Olá, boa noite. primeiramente parabéns pelo trabalho. Outro dia li um texto sobre ´"feminismo indígena" e como as indígenas não se entendem como feministas por conta das especificidades de suas lutas. Esse texto está disponível em: https://www.geledes.org.br/existe-feminismo-indigena-seis-mulheres-dizem-pelo-que-lutam/. Nesse sentido, pensar um feminismo negro e suas especificidades seria trazer a discussão para o campo da decolonialidade? Jackson Alexsandro Peres

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:07

      Olá Jackson!!

      Obrigada pela leitura do nosso texto.
      Acreditamos que pensar o feminismo negro, seja ele latino-americano, ou em específico, o brasileiro, necessariamente implica a análise a partir de um olhar decolonial. O modo como se deu a formação dessa região e desses países foi único, de tal modo que refletir sobre questões de gênero e de raça perpassa por um olhar particular da nossa realidade. E a decolonialidade serve como uma ferramenta útil de análise nesse caso.

      Obrigada pela atenção.

      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  13. Olá, boa noite. primeiramente parabéns pelo trabalho. Outro dia li um texto sobre ´"feminismo indígena" e como as indígenas não se entendem como feministas por conta das especificidades de suas lutas. Esse texto está disponível em: https://www.geledes.org.br/existe-feminismo-indigena-seis-mulheres-dizem-pelo-que-lutam/. Nesse sentido, pensar um feminismo negro e suas especificidades seria trazer a discussão para o campo da decolonialidade? Jackson Alexsandro Peres

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  14. Nubiana Vieira Nascimento25 de maio de 2021 às 19:58

    O texto diz que as reflexões não tem como objetivo exaurir o tema, mas sim lançar luz sobre as relações existentes entre o feminismo principalmente o feminismo negro e o ensino de história. De que forma ou que estratégia devemos criar como professores de história para desenvolver no meu aluno de forma lúdica esse pensamento sobre o feminismo negro dentro da sala de aula?

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:12

      Olá Nubiana!!

      Obrigada pela sua pergunta.
      Quando você pergunta sobre a utilização lúdica do pensamento estamos partindo do entendimento de que você trabalha com crianças pequenas. Nesse caso, uma das estratégias seria a utilização da literatura. Recomendamos algumas obras: 1) Xangô e o Trovão (Reginaldo Prandi), que trata da cultura afro e iorubá. 2) Aguemon (Carolina Cunha), que aborda a origem do mundo a partir do povo iorubá. Entre tantas outras obras infantis, como os livros do Emicida (Amoras é o nosso título favorito dele, hehehe).
      Obrigada pela atenção.
      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  15. Quero agradecer aos Profº Mesc Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa, por esse artigo que direciona de uma forma bem explicita o Feminismo Negro e Gênero na História, Mestres como seria essa educação diferenciada entre os filhos e filhas, dentro dessa perspectiva como colocar em prática em um país tão preconceituoso com um estrutural como o nosso?
    Márcio José Lima Lisboa

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:15

      Olá, Márcio!!

      Muito obrigada pela leitura e pelo questionamento.

      A sua pergunta não possui uma única resposta. Entendemos que tudo passa pela educação e pelo modo como as pessoas acessam o conhecimento, pois é inegável que ele está à disposição. Logo, cabe aos pais fazer bom uso dele. Com certeza, trata-se de um desafio.

      Obrigada pela atenção.

      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  16. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa

    Meu nome é Oleane Amancio de Oliveira
    E importante trazer esse tema para debate, pois em volta de uma sociedade branca há uma sociedade negra, para servir de empregados e empregadas. Essas pessoas são deixadas de lado, por causa da cor ou por falta de oportunidade. Considerando o que mostra a realidade de mulheres negras. Qual fator principal para esse problema???

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  17. BOA TARDE
    Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa
    MEU E OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

    Nos tempos de hoje, muitas pessoas acham que há trabalho para homens e trabalho para mulheres. O preconceito ainda existe principalmente quando mulher é independente. Na sua opinião como acabar com esse pensamento machista???

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  18. BOA TARDE
    Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa
    MEU E OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

    Nos tempos de hoje, muitas pessoas acham que há trabalho para homens e trabalho para mulheres. O preconceito ainda existe principalmente quando mulher é independente. Na sua opinião como acabar com esse pensamento machista???

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  19. Olá, Mariana Barbosa e Gregory Luis, ótimo artigo. Esse artigo levanta várias questões que precisam ser debatidas e discutidas na sociedade e principalmente no meio escolar. O Brasil é um dos países com maior índice de racismo e machismo, por esses e tantos outros motivos se torna indispensável instrumentos e meios que possibilitem a desconstrução desses preconceitos que estão no seio da nossa sociedade. Qual seria a melhor forma de trazer esses assuntos de gênero,feminismo e até mesmo sexualidade para a sala de aula, visando essa desconstrução de sexismo e racismo? Pois num país estruturado em preconceitos como o nosso e que ainda encontram discursos de poder no meio político que reafirmam esses pensamentos, se torna sempre mais difícil estar levantando esses debates. Qual seria também a melhor forma dos professores lidarem com essa resistência a esses debates ?

    Desde já agradeço a atenção.

    Heloísa Alves da Silva

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:21

      Olá, Heloísa!!

      Muito obrigada pela leitura do nosso texto.
      A sua questão é muito pertinente. Pois estamos diante de um quadro docente que não teve sequer na sua formação, acesso a conteúdos que se relacionam com temáticas atuais, como é o caso da população LGBTQIA+. E no mesmo sentido, a formação docente atual vai se desconstruindo em relação a sua estrutura curricular com o intuito de afastar esses debates da formação, conformando uma geração de docentes que nega ou que desconsidera essas discussões.
      Não há uma resposta para professores lidarem com essa resistência, hehehe. Mas entendemos que se trata de um trabalho contínuo, que perpassa a ação da equipe pedagógica, que pode construir projetos interdisciplinares, convidar pessoas que estudam os temas, entre outras ações.

      Obrigada pela atenção.
      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Parabéns. O conteúdo ficou maravilhoso. O texto está cheio de harmonia e muito informativo.

    Refletindo sobre um pequeno fragmento de minha leitura, onde Djamila Ribeiro tem sua primeira participação, noto que ela associa o privilégio branco elitista com o eurocentrismo. Dada essa informação, meu questionamento é o seguinte: Como educadores de História hoje, podemos combater os dois modos de cultura ensinados a tanto tempo?

    Agradeço a oportunidade.
    Camila Aparecida Mesquita Martins De Sousa

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:24

      Olá, Camila!!
      Obrigada pela leitura do nosso texto.
      A sua pergunta é desafiadora. Contudo, sugerimos o acesso à história da nossa gente. Existem muitas intelectuais negras produzindo conteúdo de qualidade e que são ignoradas ou não tem visibilidade.

      Obrigada pela atenção.
      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  22. O debate do feminismo negro é de extrema importância e fico muito feliz ao ler no artigo intelectuais e escritoras brasileiras.
    Vivian Helene Trindade dos Santos

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:24

      Obrigada pelo seu retorno, Viviane. Ficamos felizes com o seu comentário.

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  23. Boa noite Mariana e Gregory, é muito bom ler o texto de vocês neste tipo de evento. Um forte ato político em tempos de pandemia.

    Nos meus estudos sobre a presença e a representação das mulheres nos livros didáticos de história, dos anos iniciais do ensino fundamental, identifiquei que as mulheres são usualmente representadas para as crianças como enfermeiras, mães e professoras, sempre no papel de cuidadoras; mesmo assim nunca são negras. Poucas são as imagens, e usualmente estão relacionadas ao período de escravização humana no Brasil e ao trabalho servil. Vocês ressaltaram a importância da literatura no trabalho com as crianças. Poderiam indicar obras de intelectuais negras que possam ser utilizadas como instrumentação pedagógica para o ensino com crianças no ambiente escolar? Têm alguma sugestão de temáticas relacionadas a questão da mulher negra que podemos abordar com esse público no cenário escolar?

    Andréa Giordanna Araujo da Silva

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:31

      Olá, Andréa!!

      Obrigada pela leitura do nosso texto.
      Quando você pergunta sobre a utilização de intelectuais negras estamos partindo do entendimento de que você trabalha com crianças pequenas. Nesse caso, recomendamos algumas obras: 1) Aguemon (Carolina Cunha), que aborda a origem do mundo a partir do povo iorubá. 2) Princesas negras (Edileusa Penha de Souza e Ariane Celestino Meirelles).3) Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis (Jarid Arraes).

      Caso você trabalhe com outros públicos, entre em contato conosco para trocarmos figurinhas: barbosadesouzamariana@gmail.com.


      Obrigada pela atenção. Abração.

      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assim esse comentário.

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  24. Este comentário foi removido pelo autor.

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  25. Olá Mariana e Gregory, espero que estejam bem! Gostaria de perguntar para vocês, se como pesquisadores da área vocês acreditam que Lélia Gonzalez trouxe a questão da interseccionalidade em suas obras antes da popularização do estudo da questão a partir da década de 90/00.
    O texto de vocês é muito bom e a temática essêncial!

    Ana Júlia Soares Borges.

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:36

      Olá, Ana Júlia!!

      Obrigada pela leitura do nosso texto.
      Talvez a percepção da Lélia seja a partir da própria realidade dela. Embora ela não denomine como interseccionalidade, ela trazia consigo diferentes marcadores sociais da diferença: raça, gênero, etc. O mesmo acontece com outras autoras, como Teresa de Lauretis, que também chamava atenção para um olhar mais amplo e não um recorte, seja do que for, de gênero somente, ou exclusivamente de raça.

      Obrigada pela atenção.
      Abraço.
      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  26. No Brasil em 2003 entrou em vigor a lei federal 10.639 que altera parte da lei de diretrizes curriculares e bases da educação nacional onde seu artigo 26-A torna obrigatório a inclusão do estudo dos relações ético raciais e do ensino de História e cultura afro-brasileira e Africano, o segundo parágrafo da lei diz que os conteúdos serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, não somente na História. Nós sabemos que não é bem assim que acontece. Principalmente a História da mulher negra não é contada, silenciando vozes e participações de mulheres negras ao longo da história. Como podemos mudar essa realidade em sala de aula? Pois não é comum que mulheres negras sejam lembradas no âmbito escolar, em livros didáticos e afins.

    Vanessa dos Santos Neves.

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    1. Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa27 de maio de 2021 às 20:40

      Olá, Vanessa!!!

      Muito obrigada pelo seu questionamento.
      Acreditamos que um dos caminhos seja o de dar visibilidade para essas mulheres, contando as histórias delas, por meio de recursos literários. Sempre lembrando que cada professor possui autonomia em sala de aula e de que a legislação diz o que deve ser feito e não que não deve ser feito. Logo, as possibilidades são infinitas.

      Obrigada pela atenção. Abraço.
      Mariana Barbosa de Souza e Gregory Luis Rolim Rosa assinam esse comentário.

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  27. A cultura negra dentro do ensino brasileiro é muito divaloriza assim como a indígena qual é o caminho que os novos educadores têm que percorrer para mudar esse roblema

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  28. A política brasileira tem muito haver com a certa desvalorização da cultura africana pois deles que se espera mecanismos para igualisar a educação através de leis o que se esperar da política nesse contexto

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