Marcos Rodrigues da Silva e Odair de Souza

AFRICANIDADES E ENSINO DE HISTÓRIA

  

As histórias e culturas africanas e afro-brasileiras ficaram quase que totalmente invisibilizadas nos livros didáticos, nas legislações e nos currículos das escolas brasileiras até o ano 2003, embora já há longas décadas alguns municípios brasileiros tenham inseridos nos currículos a obrigatoriedade do ensino da história da África e da cultura africana e afro-brasileira.

 

A História ensinada nas escolas estava comprometida com um ensino marcadamente eurocêntrico e branco. Porém, nas últimas décadas no Brasil, por força dos movimentos sociais negros, que reivindicavam a inclusão das histórias e culturas africanas e a afro-brasileiras nas escolas, foi aprovada a lei 10.639/2003 que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileiras nos sistemas públicos e privados de ensino de todo o país. Essa lei foi incorporada à lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) no artigo 26 A.  (BRASIL, 2003).

 

Embora essa lei tenha 17 anos, pesquisas tem demonstrado que a história e cultura africana e afro-brasileira não tem ainda a dimensão que deveria ter como idealizada inicialmente pelos movimentos negros.

 

Uma das pesquisas mais conhecidas sobre esse tema foi “Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais nas escolas na perspectiva da Lei 10.639/2003 (GOMES, 2012) dirigida e organizada por Nilma Lino Gomes e apresentada na mesa-redonda no evento da Universidade de São Paulo com o tema “dez anos da lei 10.639/2003: balanços e perspectivas” (SILVA, 2013) e considerou que algumas escolas tem se aproximado e elaborado trabalhos relevantes do ponto de vista pedagógico e já institucionalizado a política de educação para as relações étnico-raciais em suas unidades educacionais. Outras escolas estão em processos de inserção das histórias e culturas africanas e afro-brasileiras em seus currículos e projeto político pedagógico e uma parte significativa dessas escolas não abordam de forma alguma esse assunto.

 

Para dar melhor encaminhamento teórico-metodológico e didático à educação para as relações étnico-raciais proposto pela Lei 10.639/2003 foi instituído pelo Conselho Nacional de Educação, na pessoa de Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, o parecer 003/2004 (BRASIL,2004) que juntamente com a resolução 001/2003 (BRASIL, 2003) estabeleceram as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana que em um de seus trechos aponta que “a educação para as relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projetos conjuntos para a construção de uma sociedade justa, igual e equânime”. (BRASIL, 2004, p. 14).

 

Mesmo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana homologados pelo Conselho Nacional de Educação e publicado pelo Ministério da Educação e com a inserção desse dispositivo legal na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional com obrigatoriedade em todos os sistemas de ensino do país ( públicos e privados) pergunta-se: os docentes do Brasil estão seguindo esta diretriz e se propondo a trabalhar a ERER em seus planos de ensino anual, planejamentos mensais e/ ou  planos de aula e as escolas tem colocado esse tema como central no seu projeto político pedagógico conforme documentos legais?

 

Parece que não. A pesquisadora e professora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva numa entrevista a jornalista Rute Pina do Jornal Brasil de Fato, afirma que mesmo depois de 14 anos “ensino de História da África ainda não está nos planos pedagógicos”. (PINA, 2017).

 

Pesquisas demonstram que uma série de obstáculos são apontados a não inserção das histórias e culturas afro-brasileiras e africanas nas escolas como a falta de materiais didáticos pedagógicos, falta de formação continuada de professores, pouco investimento nesta área como materiais paradidáticos  (SOUZA, 2018) entre outros, além de estruturas epistemológicas mais profundas como a branquitude, o eurocentrismo e o mito da democracia racial. (SOUZA; PAIM, 2019).

 

Porém, mesmo com sérias dificuldades de implementação e institucionalização da lei nas redes de ensino e nas escolas alguns avanços tem sido feitos em termos de política curricular. No Estado de Santa Catarina por exemplo foi publicado em 2018, via Secretaria de Educação o caderno orientador de ERER intitulado “Política de educação para as relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana” (SC, 2018) e em 2019 o  “Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense” que traz com exclusividade um capítulo sobre Educação para as Relações Étnico-raciais. (SC, 2019). Mesmo antes deste documento orientador e curricular, a Proposta Curricular de Santa Catarina traz um capitulo com uma série de considerações sobre a Educação para as Relações Étnico-raciais. (SC, 2014, p. 66 – 68).

 

Outras possibilidades de veicular e estudar África e cultura africana e afro-brasileira é em materiais publicados pelo Ministério da Educação como Orientações e ações para a educação das relações étnico-raciais (BRASÍLIA, 2006), bem como artigos, dissertações e teses que tematizam o assunto. Muitas das dissertações dos Mestrados Profissionais em Ensino de História defendias nos Programa de Pós-Graduação em Ensino de História nas diversas instituições de Ensino Superior do Brasil, trazem como “produto final” – sugestões propositivas de como trabalhar em sala de aula a história e cultura afro-brasileira e africana. Citemos como exemplo: PONTES, 2018a; PONTES, 2018b CELESTE, 2019; SOUZA, 2018; ZILIOTTO, 2016, entre outros.

 

Assim, pensamos que os professores e professoras de História devem incentivar, mobilizar e implementar o ensino de história e culturas africanas e afro-brasileiras bem como a educação para as relações étnico-raciais em todo o âmbito escolar: do projeto político pedagógico ao currículo como um todo. Mas não deve ser só mais um conteúdo a ser contemplado, mas sim novas possibilidades epistemológicas de compreensão das histórias, memórias, culturas, patrimônios dos povos afro-brasileiros. Uma nova epistemologia que desconstrua os currículos eurocentrados e brancos presentes em quase todas as escolas brasileiras. Por isso, faz-se necessário a construção de novas abordagens que visibilize a presença da cultura africana e afro-brasileira na sociedade brasileira de maneira positivada e não folclorizada e exótica, mas sim composto de sujeitos reais com seus sentimentos, histórias, memórias, lutas e resistências. Por isso, devemos pensar epistemologias outras onde as vozes, conhecimentos, saberes e dizeres dos povos afros sejam reconhecidos, valorizados e estudados em sala de aula, com o objetivo de se não acabar, pelo menos minimizar os preconceitos, discriminações e racismo contra as populações negras e indígenas, projetando uma sociedade brasileira mais equânime, justa e racialmente igualitária.

 

Para tanto, faz-se necessário adoção de outras abordagens no trato com esta temática. Dentre tantas possibilidades viáveis tomamos emprestado a proposta de Marcos Rodrigues da Silva e Carla Fernanda da Silva que em texto publicado em 2012, sugerem a proposta de se estudar as histórias e culturas afro-brasileiras e africanas a partir da literatura e dos mitos africanos e afro-brasileiros. Segundo eles, devemos “pensar o mito africano como meio de abordar essa cultura em sala de aula, ou seja, ir além do conteúdo tradicionalmente abordado sobre a história africana e afro-americana no Brasil que por vezes se limitava ao processo de escravidão e a submissão do negro no trabalho escravo”. (SILVA, M.R; SILVA, C.F, 2012, p. 52).

 

Assim, ao ressignificar nossas práticas pedagógicas em História por meio dos mitos e da literatura africana e afro-brasileira estamos contando a história a partir de seus povos e não mais como uma cultura essencializada e  cristalizada no tempo. Ao fazermos isso, estaremos pensando a história e cultura afro-brasileira e africana para além da escravidão e da perspectiva do branco, mas experiências outras de povos africanos. Desconstruiremos com isso as visões estereotipada do continente e dos povos afros que só é mostrados nas mídias como continente de miséria, fome e guerras.

 

Outras formas de se estudar histórias e culturas afro-brasileiras e africanas é visibilizar a presença negra que temos perto da nossa escola, em nosso bairro, em nosso município, enfim, próximo daquilo que nos é familiar. Por isso, precisamos desconstruir o currículo eurocentrado e colonial em todos os níveis de ensino e componentes curriculares com a formulação de novos planejamentos, planos de ensino e materiais didáticos. Assim, fundamentados em PAIM (2019) partindo do questionamento de uma episteme colonizadora eurocentrada, apresentamos algumas possibilidades de práticas pedagógicas comprometidas em  “buscar a desconstrução sobre as metanarrativas sobre a modernização, racionalização e progresso procurando restaurar as vozes, as experiências, as identidades, as histórias dos subalternos e a importância das comunidades periféricas, as memórias coletivas, articular o sensível e o conceitual; desfazer a cultura do silêncio, as contradições opressor-oprimido rearticulando-as para a superação das marcas profundas da colonialidade inscrita na memória social dos povos colonizados; o pensamento atuará  como um semeador que semeia ideia e premissas prenhe de indignação e esperança num mundo onde a vida seja a fonte, o centro e o fim da cultura do cuidado com o outro; romper com a invisibilidade do dito conhecimentos populares, leigos, plebeus, camponeses ou indígenas, parando-os de tratar como crenças, opiniões, magia, idolatria, entendimentos intuitivos ou subjetivos; romper com a dicotomização que coloca de um lado a ciência, a filosofia e a teologia e, de outro, como menores e desqualificados todos os conhecimentos que não seguem a racionalidade e cientificidade; pautar-se numa epistemologia que abranja todos os saberes estabelecendo as condições de sua produção e validação sem hierarquização; não desqualificar nenhum saber, embora considerando as diferenças entre eles, incluindo-os num repertório alargado de “ciências” ou de saberes científicos; definir-se por pensamentos de fronteiras como resposta crítica aos fundamentalismo exige um pensamento mais amplo aos cânones ocidental ( incluindo o cânone ocidental de esquerda) e assim estabelecer um diálogo crítico entre os diversos projetos políticos éticos epistêmicos apontados a um mundo pluriversal; levar a sério as perspectivas cosmológicas, visões de pensadores a partir do corpo e lugares étnico-raciais/sexuais subalternizados; lutar contra uma monocultura do saber, não apenas no campo teórico, mas na prática constante dos processos de investigação; lutar contra o desperdício da experiência que o ocidente impôs ao mundo pela força”.

 

Destarte, faz-se necessário que os docentes das redes públicas e privadas de ensino de todos níveis e de todos os componentes curriculares  reflita com responsabilidade e criticismo sobre seu fazer pedagógico e avaliem suas concepções teórico-metodológicas, renove suas concepções teórico-metodológico adotando referencias de autores negros/negras e indígenas para a construção de suas aulas, planos de ensino com destaque a personagens de nosso estado (SC) como Cruz e Sousa, Antonieta de Barros, Trajano Margarida, Ildefonso Juvenal da Silva, reconhecendo e valorizando a forte presença desses/as e de outros/as intelectuais negros que desempenharam significativo papel na construção do estado catarinense deixando uma importante herança cultural, de reconhecido valor histórico. Incluindo também a participação da população negra em geral, presente nas armações baleeiras, nos trabalhos portuários, no cotidiano das cidades e campos, na serra catarinense; na formação e reconhecimento de quilombos, pressentes até os dias atuais, no território catarinense, defendendo direitos civis, na luta por terras e reivindicação dos seus territórios e no enfrentamento à violência estatal policial. Igualmente, na valorização das histórias locais, notadamente, àquelas com participação de negros/negras e indígenas na construção e na constituição de seus respectivos municípios e/ou bairros, problematizando a toponímia de nossas ruas, bairros, cidades praças e escolas, tendo em vista as figuras, cujos nomes foram “esquecidos” das inaugurações oficiais do nosso estado. 

 

De fato, é fundamental estudar nomes, fatos, acontecimentos, datas, histórias e culturas de povos africanos e afro-brasileiros, indígenas e pessoas do campo, sempre que possível, os convidando às salas de aula para eles mesmos se fazerem ouvir, trazendo os seus dizeres, as suas memórias e experiências, enquanto sujeitos vivos, presentes, reais com legitimidade identitária e autonomia narrativa. Assim, quando falamos, por exemplo, de religião afro-brasileira, a presença de um sacerdote/sacerdotisa em nossas escolas, elucida uma série de questionamentos que talvez nenhum livro dê conta de responder, do mesmo modo quando falamos de comunidades quilombolas e/ ou de indígenas, fazermos visitas a uma aldeia ou quilombo próximo de nossa escola; trazermos representante indígena ou quilombola à nossa sala de aula ou ao nosso espaço escolar fomentando um diálogo aberto, cidadão e franco sobre suas vidas, suas dificuldades, seus dilemas no Brasil contemporâneo; promovermos um livre debate com a comunidade negra do nosso entorno (bairro/ escola, vizinhos) sobre a participação da população negra na construção identitária cultural de nosso estado, organizarmos rodas de conversa sobre privilégio branco, racismo estrutural, branquitude crítica e o papel das pessoas brancas na luta antirracista, entre tantas outras possibilidades de sentir/pensar, operar de forma eficiente uma educação contra-hegemônica que parta do local para o universal e não o contrário, que transforme o currículo prescrito em um “currículo vivo” comprometido com a equidade do direito à vida e para além do livro didático, utilizarmos como fontes diversos textos literários como romances de épocas, textos de jornais, narrativas orais do passado e de pessoas do presente.

 

Do ponto de vista didático-metodológico, (SOUZA, 2019) aponta uma série de possibilidades com a temática educação para as relações étnico-raciais e culturas africanas e afro-brasileiras e pontua a necessidade de um trabalho articulado de maneira interdisciplinar  e citando a resolução nº 4 de 13 de julho de 2010 propõe que “ a escolha da abordagem didático-pedagógica disciplinar, pluridisciplinar ou transdisciplinar pela escola que oriente o projeto político pedagógico e resulte do pacto estabelecido entre os profissionais da escola, conselhos escolares e comunidade subsidiando a organização da matriz curricular, a definição dos eixos temáticos e a constituição de redes de aprendizagens (BRASIL, 2013, p. 67). 

 

As reflexões assumidas ao longo desse texto, convida-nos a pensar que o fato de termos um conjunto de leis e normativas, propostas pedagógicas, cadernos, livros, etc, que orientam os docentes em relação a ERER, não garante a institucionalização de uma educação antirracista nas escolas do Brasil.

 

Partindo da legislação com vistas a transformação social, sugerimos uma prática pedagógica subversiva que desconstrua o currículo eurocentrado e construa propostas outras com destaque para as histórias e vozes dos povos subalternizados ao longo da história da África e do Brasil ultrapassando o enfoque pedagógico, mas como um aporte, processo e projeto teórico e político. Projeto político este que pode se aproximar com as leis 10.639/2003 e 11.645/2008 bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena. A lei e as Diretrizes propõem que se aborde em salas de aula – e como obrigatoriedade – as histórias e culturas afro-brasileiras, africanas e indígenas – pautados em outras formas de ensino-aprendizagem descentrado da matriz eurocêntrica. Portanto, o/a professor/a ao desenvolver outras práticas pautadas em paradigmas diferentes das do mundo europeu traz outras perspectivas educacionais e formula pedagogias outras tendo a oportunidade de criar espaços epistemológicos decoloniais com situações de ensino-aprendizagem profícuas, estimulantes e saudáveis.            

 

O professor/a tendo este propósito de desenvolver práticas contra-hegemônicas pautados em paradigmas interculturais e socialmente referenciados, estará contemplando nas aulas, em seu planejamento ou em seu plano de ensino, histórias outras, subjetividades outras que favorecerão a autoestima e a autoafirmação de crianças, adolescentes e jovens que sofrem tentativas de subalternização como os afro-brasileiros e os indígenas.

 

Atuando dessa forma e propósito em nossas escolas e salas de aula não temos a pretensão de levarmos a cabo as práticas discriminatórias, o preconceito e o racismo, mas com certeza agiremos objetivamente no enfraquecimento dessas práticas aviltantes que trazem sofrimentos, violências e morte aos povos indígenas e negros de nosso país cuja dívida histórica para com esses grupos sociais remonta à invasão territorial pelos colonizadores. Igualmente e não menos importante, trazemos para o ambiente escolar um importante debate para e/ sobre o papel do estado na garantia do bem viver e nos direitos de ser e existir dessas comunidades com dignidade e cidadania, em suas dinâmicas de vida, em todos os espaços sociais, sobretudo nas escolas, pois VIDAS NEGRAS E INDÍGENAS IMPORTAM!

 

Referências Biográficas

 

Dr. Marcos Rodrigues da Silva. Doutor em Ciências da Religião – PUC/SP. Mestre em Teologia – FNSA/SP. Integrante do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros – NEAB/UDESC/ Santa Catarina.

 

MS. Odair de Souza. Mestre em Ensino de História – UFSC/Santa Catarina. Professor de História no ensino médio  na rede estadual de ensino na escola de educação básica Profª Maria do Carmo de Souza, Palhoça/SC e do ensino fundamental na rede municipal de ensino na escola básica Dr. Ivo Silveira, Paulo Lopes/SC.

 

Referências bibliográficas

 

BRASIL, Lei nº 10.639/2003 - Inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e cultura afro-brasileira.  Brasília: DF, 2003.

 

BRASIL, parecer 003/2004. Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno. Estabelece as Diretrizes Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.Brasília: DF, 2004.

 

BRASIL, Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004. . Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno. Institui as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.Brasília: DF, 2004

 

CELESTE, Sandro José. Ensino de História, canção e identidades afro-brasileiras: o rap como possibilidade. Dissertação ( Mestrado Profissional em Ensino de História). Centro de Ciências da Educação. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2019, 104 p.

 

GOMES, Nilma Lino ( Org.) Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola: na perspectiva da lei 10.639/2003. Brasília: UNESCO, 2012, 424 p.

 

PAIM, Elison Antonio. Epistemologias decolonial: uma ferramenta para ensinar histórias outras. 19/06/2019. H Magazine. Humanidades em Rede. 2019. Disponível em https://hhmagazine.com.br/epistemologia-decolonial-uma-ferramenta-politica-para-ensinar-historias-outras/ . Acesso em 18/04/2021.

 

PINA, Rute. Ensino de História da África ainda não está nos planos pedagógicos. Brasil de Fato. São Paulo: 08 de janeiro de 2017. Disponível em https://www.brasildefato.com.br/2017/01/08/ensino-de-historia-da-africa-ainda-nao-esta-nos-planos-pedagogicos-diz-professora/  . Acesso em 18/04/2021.

 

PONTES, Mylena Silva de. Construindo visibilidades na cidade de São José/SC: uma proposta de ensino de história e patrimônio cultural dos povos africanos e afrodescendentes. Dissertação ( Mestrado Profissional em Ensino de História). Centro de Ciências da Educação: Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018, 246 p.

 

PONTES, Mylena Silva de. Construindo visibilidades na cidade de São José/SC: uma proposta de ensino de história e patrimônio cultural dos povos africanos e afrodescendentes – Manual de diálogo com professores e professoras. Centro de Ciências da Educação: Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018, 51 p. Disponível em https://profhistoria.paginas.ufsc.br/files/2019/02/Roteiro-Final-30.01.-%C3%BAltima-vers%C3%A3o.pdf Acesso em 18/04/2021.

 

SANTA CATARINA. Proposta Curricular de Santa Catarina – formação integral na educação básica. Florianópolis: COGEN, 2014, 117 p.

 

SANTA CATARINA. Política de Educação para as Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Florianópolis: SED/ SC, 2018, 54 p. 

 

SANTA CATARINA, Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense. Florianópolis: SED, 2019, 492 p.

 

SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e; GOMES, Nilma Lino. Dez anos da lei 10.639/2003: balanços e perspectivas. In: Mesa-redonda. Núcleo de apoio à pesquisa Brasil-África (NAP), São Paulo, 2013. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=8WbLZOPcXUs&t=197s . Acesso em 18/04/2021.

 

SILVA, Carla Fernanda da; SILVA, Marcos Rodrigues da. Mitos e culturas afro-brasileiras como prática pedagógica da diferença. In: NOGUEIRA, João Carlos; NASCIMENTO, Tânia Tomázia do ( Orgs.). Patrimônio cultural, territórios e identidades. Florianópolis: Atilênde, 2012. 200 p.

 

SOUZA, Odair de. A educação para as relações étnico-raciais no Ensino de História: memórias e experiências de professoras da Educação Básica. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de História). Centro de Ciências da Educação. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2018, 212 p.

 

SOUZA, Odair de. A interdisciplinaridade como caminho teórico-metodológico para a educação das relações étnico-raciais na educação básica. Revista Digital Formação em Diálogo. Rio de Janeiro, vol. 4, nº 2, dez.2019, pp. 36 – 44.

 

SOUZA, Odair de; PAIM, Elison Antonio. Problematizando o eurocentrismo e desconstruindo o racismo por meio de práticas pedagógicas decoloniais e interculturais. Fronteiras: Revista Catarinense de História. nº 34, ano 2019/2, pp. 41 – 59.

 

ZILIOTTO, Bruno. Provocações crônicas: a construção de um site educativo para repensar a escola, a disciplina de História e as Áfricas. Dissertação  (Mestrado Profissional em Ensino de História). Centro de Ciências Humanas e da Educação. Universidade do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2016, 126 f.

49 comentários:

  1. Prezados Marcos e Odair, a partir desse trecho do texto de vocês,
    "Outras formas de se estudar histórias e culturas afro-brasileiras e africanas é visibilizar a presença negra que temos perto da nossa escola, em nosso bairro, em nosso município, enfim, próximo daquilo que nos é familiar. Por isso, precisamos desconstruir o currículo eurocentrado e colonial em todos os níveis de ensino e componentes curriculares com a formulação de novos planejamentos, planos de ensino e materiais didáticos.", pergunto:

    Você acham que a adoção da História local como metodologia de trabalho pode auxiliar a proposição que vocês indicam acima? Se, sim, como vocês pensam essa abordagem?

    Júlio César Virgínio da Costa

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    1. Oi Julio Cesar, obrigado pelos questionamentos. Com certeza, a história local não só pode como deve proporcionar aulas vinculados a esses temas "com aquilo que está próximo à nossa escola ou que nos é familiar". Quando escrevemos isso, estávamos pensando, por exemplo, numa escola que no seu bairro ou no seu entorno tem uma comunidade remanescentes de quilombo ( e que na maioria das vezes os estudantes e, pasmem, muitos professores - principalmente os de fora do município) nem sabem que tal comunidade existe). Esta comunidade via seu representante ou os próprios quilombolas podem vir à sala de aula conversar com os estudantes por meio de uma palestra, uma entrevista, uma contação de História, enfim imensas possibilidades que podem ser feitas a partir da visita de um quilombola na escola ou na sala de aula. Raquel Mombelli (2014) cita em torno de 18 comunidades quilombolas reconhecidas no Estado de Santa Catarina e muitos outros não reconhecidos ainda. Então em muitas escolas existem comunidades quilombolas próximas. da mesma forma, pode ser feita com uma comunidade indígena. Chamá-los para conversar, dialogar com os estudantes. Os povos originários tem muito a nos dizer. Nós é que não queremos ouvi-los. Outra possibilidade é trazer sacerdotes/sacerdotisas de religiões de matriz africana - como umbanda e candomblé - para conversar com os estudantes ( em tempos de "Escolas sem Partido - temos que ter uma certa vigilância em relação a esse tema em específico) para narrar sobre a cosmovisão africana - e não mito - da natureza, do ser humano, enfim da natureza e do universo. As rodas de capoeira - geralmente os estudantes gostam e até praticam - chamar seus integrantes para uma apresentação na escola e falar sobre a cultura da capoeira, sua função na sociedade colonial, sua importância enquanto esporte na sociedade atual - para o corpo e para a mente - lembrando que a capoeira é considerado patrimônio nacional pela legislação brasileira. Se o município tiver algum patrimônio afro e/ ou indígena levar os estudantes para visitá-los. Um presidente da escola de samba, um líder do Movimento Negro, nossos municípios estão recebendo muitos imigrantes de outros países como Haiti e Nigéria, entre outros. Ouvir as narrativas dessas pessoas. Em fim, uma série de outras propostas podem ser pensadas e isso torna a história e cultura afro-brasileira e indígena mais próxima dos estudantes, dos docentes, enfim, da comunidade escolar como um todo. E assim, estaremos não só falando " SOBRE os negros e indígenas ou PARA os negros e indígenas, mas falando, dialogando, discutindo, questionado COM os negros e indígenas, num diálogo, franco, aberto e crítico. Acreditamos que com isso, estaremos despertando sensibilidades, apatia e afetos entre os sujeitos e contribuindo para o combate ao racismo, discriminação e preconceito de todos os tipos, sobretudo, os relacionados a etnia. lembrando que essas atividades não devem estar restrita somente a "Semana da Consciência Negra", mas em todos os momentos das nossas aulas e em todos os componentes curriculares conforme a lei 11.645/2008 e a LDB, artigo 26A. Muito pensam que essas discussões devem ser feitas somente em História, Literatura brasileira e artes. Não é oq eu a legislação informa e nosso compromisso com uma sociedade antirracista nos pede. NOSSO COMPROMISSO COM UMA SOCIEDADE ANTIRRACISTA É POLÍTICO E ÉTICO.

      Atenciosamente
      Professores Odair de Souza e Marcos Rodrigues Silva
      professorodair2014@gmail.com
      (MOMBELLI, Raquel. Quilombos em Santa Catarina e os 10 anos do decreto 4.887. In: 29ª Reunião Brasileira de Antropologia. Natal: RN, agosto, 2014.

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  2. Bom dia Dr. Marcos Rodrigues da Silva.

    Obrigada pela produção do texto.
    Eu sou Maria Josilda Ferreira da Silvia, com especialização em História e Cultura Afro-brasileira e, estou muito feliz com a sua produção.

    Vejo que desconstruir o currículo "eurocentrico" implantado há muitos anos nos âmbitos de ensino, não tem sido uma tarefa fácil para o movimento afro. Principalmente num país como o Brasil, que ainda trás em si, muita desigualdades sociais. E, mesmo existindo a lei de 2003 que os protege, sempre se ver nos noticiários cenas terríveis de violência e de preconceitos contra estudantes e profesores negros nas escolas.

    Diante disso, como você vê essas situações sofridas pela cultura negra e indígenas brasileira atualmente?

    Maria Josilda Ferreira da Silva

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  3. Ola douters Marcos Rodrigues da Silva e Odair de Souza.
    Sou Oleane Amancio de Oliveira
    É muito importante o estudo AFRICANIDADES E ENSINO DE HISTÓRIA.Pois temos vários parasitana a ser desconsideradas, para construir novos conhecimentos.OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

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  4. Boa tarde, Marcos e Odair. Em um trecho do texto de vocês é indicada a necessidade de que os professores "(...) das redes públicas e privadas de ensino de todos níveis e de todos os componentes curriculares reflita com responsabilidade e criticismo sobre seu fazer pedagógico e avaliem suas concepções teórico-metodológicas, renove suas concepções teórico-metodológico adotando referencias de autores negros/negras e indígenas para a construção de suas aulas (...)"
    Acho isso muito válido, mas gostaria de saber sobre o caso específico das escolas particulares, onde os professores não podem sequer escolher o livro didático mas precisam seguir uma apostila definida por um sistema, dando sempre seguimento aos assuntos de forma a não "atrasar" os conteúdos, que são muitas vezes mostrados superficialmente e voltados para treinar os alunos para o vestibular e não para formar cidadãos críticos ou conscientes. Como realizar essa mudança necessária nesse caso?

    Ana Paula Sanvido Lara

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  5. Boa tarde e todos
    Marcos Rodrigues da Silva e Odair de Souza

    Oleane Amancio de Oliveira
    Para essas mudanças acontecer, tinha que buscar novas maneiras de ensino para deixar e professores e vontade. Menos teoria e mais prática.Pq o aluno passa anos sentado na cadeira ouvindo a professora falar, e as vezes ele nem sabe se vai isso dia.
    OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

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  6. Boa tarde e todos
    Marcos Rodrigues da Silva e Odair de Souza

    Oleane Amancio de Oliveira
    Para essas mudanças acontecer, tinha que buscar novas maneiras de ensino para deixar e professores e vontade. Menos teoria e mais prática.Pq o aluno passa anos sentado na cadeira ouvindo a professora falar, e as vezes ele nem sabe se vai isso dia.
    OLEANE AMANCIO DE OLIVEIRA

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  7. Marcos Rodrigues da Silva e Odair de Souza

    Sou Oleane Amancio de Oliveira

    Para essas mudanças acontecer, tinha que buscar novas maneiras de ensino para deixar e professores e vontade. Menos teoria e mais prática.Pq o aluno passa anos sentado na cadeira ouvindo a professora falar, e as vezes ele nem sabe se vai isso dia.

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  9. Geralmente, o ensino de história apresenta uma narrativa histórica sobre os africanos, afro-brasileiros e indígenas sob a perspectiva da escravidão e do eurocentrismo. Diante disso, a Lei 10.639/2003 e a Lei 11.465/08 instituíram a obrigatoriedade do ensino da história da África e da cultura africana e afro-brasileira e da história e cultura afro-Brasileira e indígena, possibilitando a abordagem das histórias, memórias, lutas e resistências das populações africana, afro-brasileira e indígena. No entanto, a ausência de materiais didáticos pedagógicos, de formação continuada de professores etc, dificultam essas discussões em sala de aula. Portanto, de que forma os professores de História podem superar os obstáculos para a inserção do debate acerca das culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas no ensino de história, visando o combate ao racismo na sociedade brasileira?

    Maurício José Quaresma Silva

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    1. O professores podem superar os obstáculos para a inserção das histórias e culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas no ensino de história COMEÇANDO. Devemos ser os primeiros a dar o ponta pé inicial. Teremos dificuldades? Sim. Com certeza. Mas alguém tem que começar e de preferência com o COLETIVO da escola. Mas se o COLETIVO não quiser assumir, nós professores de História assumimos. O trabalho de Nilma Lino Gomes ( ver nas referências) aponta que em algumas escolas do país este tema já está institucionalizado enquanto politica curricular e do coletivo da escola; em outras escolas ele está começando e na maioria delas nem sequer iniciou. Mas é assim mesmo! Vamos fazer o que uma pedagoga equatoriana chamada Catherine Walsh chama de Pedagogia das Gretas, ou seja, que gretas podemos nos infiltrar para trazermos esses temas? Que momento? Em que situação? Tem um outro texto desta mesma autora que diz que devemos ser " as flores nos asfalto", ou seja, ou seja, quando podemos arrebentar o duro asfalto ( nossa Escola) e trazer esses temas: tão sensíveis, tão delicados, ainda tabu para muita gente: escravidão, racismo, preconceito, enfim, VIOLÊNCIAS. se contarmos com outros/outras, que bom. Melhor pra nós. Se não contarmos, teremos que ser os primeiros a levantar essas pautas e não nos envergonharmos de estarmos lutando por uma sociedade menos, preconceituosa, menos discrimatória e sem racismo, contribuindo assim para a eliminação das VIOÊNCIAS simbólicas, físicas e psicológicas do povo negro e indígena.

      Professor Odair de Souza e Marcos Rodrigues Silva
      professorodair2014@gmail.com

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  10. Maurício José Quaresma Silva
    Boa noite
    A questão, e seria inserir o estudo de História dentro das escolas nas primeiras series. Para que nas universidades disse debatido com mais importância.
    Oleane Amancio de Oliveira

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  11. Olá. Sou Eliana C. D. B. Nunes, sou educadora infantil, gostei muito desse texto, condiz com minhas idéias revolucionárias, porém, precisamos juntar nossas forças e implantar na realidade, objetivar o ensino afro brasileiro e indígena nas escolas, traçar metas dentro da realidade da sociedade local, mostrando e ensinando nossas crianças na prática a liberdade sem discriminação da dignidade e cidadania de todos sem distinção de etnias.

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  12. Olá bom dia, ótimo texto!
    me chamo Danielle e gostaria de saber
    Como que vocês praticariam o estudo das questões “próximo daquilo que nos é familiar” citado no texto? Como acham que isso entraria na construção da identidade ideológica de uma criança negra, a partir do que temos em nossa volta, em nossa história real e atual, onde ainda se encontra cercada de um círculo eurocentrado branco herdado de preconceito?

    DANIELLE STEFANY DAFICO SALVADOR

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Danielle Stefany, acredito que se você ler o texto da resposta dado a Júlio César Virgínio da Costa, penso que a resposta a sua pergunta estará contemplado. penso que sua pergunta está contemplada na resposta dada a Júlio César Virgínio da Costa. (O primeiro questionamento da página).Ou qualquer outro questionamento pode me encaminhar email: professorodair2014@gmail.com

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  13. Marcos Rodrigues da Silva e Odair de Souza

    Boa Tarde!

    Em um trecho vocês dizem "De fato, é fundamental estudar nomes, fatos, acontecimentos, datas, histórias e culturas de povos africanos e afro-brasileiros, indígenas e pessoas do campo..."

    Vocês acham que os livros didáticos dão o suporte necessário sobre essas temáticas apresentadas para a efetivação do trabalho docente? e enquanto a alguns professores de rede privada que ainda trabalham com apostilas, e nas mesmas não contém assuntos importantes como esses, como proceder?

    Maine_fps@hotmail.com

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    1. Mais uma vez para esta resposta sugiro a leitura de A interdisciplinaridade como caminho teórico-metodológico para a educação das relações étnico-raciais na educação básica de autoria de Odair de Souza, publicada na Revista Digital Formação em Diálogo em dezembro de 2019. Nele encontrarmos várias possibilidades e para além dele sugiro que: saíamos para além dos muros da escola> Visitarmos museus, comunidades quilombolas, indígenas, chamar um sacerdote/sacerdotisa para debater conosco culturas africanas, chamar uma liderança do movimento negro e indígena para conversarmos conosco - professores e alunos. Observarmos nomes de ruas, da praças, de parques e problematizarmos com nossos estudantes: quais pessoas são homenageados nos nomes de ruas, praças, parques? Quem eram eles/elas? No que trabalhavam? quais suas funções sociais? Enfim, problematizarmos o que está dito, escrito, naturalizado e a partir daí construirmos novos conhecimentos juntamente com nossos estudantes. Em fim, problematizarmos "nossas histórias para construirmos outras".

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  14. Boa tarde Prº Mesc. Marcos Rodrigues da Silva e Prº Mesc. Odair Souza, dentro de uma perspectiva sobre a Educação Brasileira de acordo com a lei 10.639/2003 que remete a obrigatoriedade do Ensino da Cultura Africana nas aulas de História, dito tal argumentação como podemos proceder sobre a resistência da educação pública brasileira quando se trata sobre cultura africana? em referência a isso menciono Aimé Cesaire em seu Discurso sobre o Colonialismo quando se trata sobre o Eurocentrismo na qual todo esse direcionamento está ligado a políticas públicas conservadoras qual seria o procedimento correto ao combate desse preconceito?

    Márcio José Lima Lisboa

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  15. Boa noite, a todos quero parabenizar os autores Marcos Rodrigues da Silva e Odair de Souza, pelo artigo intitulado Africanidades e Ensino de História, pois, este trabalho enfatiza as histórias e culturas africanas e afro-brasileiras que ficaram quase que totalmente invisibilizadas nos livros didáticos, nas legislações e nos currículos das escolas brasileiras até o ano de 2003, embora já há longas décadas alguns municípios brasileiros tenham inseridos nos currículos a obrigatoriedade do ensino da história da África e da cultura africana e afro-brasileira.

    Assina: Francielcio Silva da Costa.
    Graduado em História pela UESPI- Universidade Estadual do Piauí.

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  16. Boa noite Prº Me. Marcos Rodrigues da Silva e Prº Me. Odair Souza gostaria de parabenizar os autores pela escrita de seu trabalho.
    A escrita reforça a necessidade de estarmos sempre repensando nossas práticas em sala de aula para que possamos de fato, construir esse currículo vivo.

    Jaqueline Marquardt

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  17. Qual é a definição para o termo africanidade?

    Assina: Francielcio Silva da Costa.
    Graduado em História pela UESPI- Universidade Estadual do Piauí.

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  18. O que deve ser feito na educação brasileira de um modo geral, para combater o eurocentrismo?

    Assina: Francielcio Silva da Costa.
    Graduado em História pela UESPI- Universidade Estadual do Piauí.

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    1. Francielcio, muito pertinente sua pergunta. Uma primeira observação que gostaríamos de fazer é que não necessariamente precisamos abandonar ou descartar tudo o que veio e/ ou vem da Europa. Aliás, muitas coisas que temos hoje, são contribuições dos europeus ( ainda que discordamos de algumas coisas). O que temos que fazer, no nosso entendimento é assumir outras perspectivas e outras propostas teóricos-metodológicas. Por exemplo: quanto de autores negros/negras e indígenas compõe nossas referências bibliográficas para nossas escritas ( teses, dissertações, TCCs) bem nossos planejamentos e panos de aula? Como iniciamos nossos planejamentos, nossos planos de cursos, nossa aula de determinado tema: a partir da perspectiva afro-indígena ou a partir da perspectiva europeia? Falamos de escravidão ou de experiências de populações africanas e afro-brasileiras? de escravos ou de escravizados? Questionamos nossa branquitude e falamos que somos infelizmente descendentes de escravizadores ( no meu caso que me identifico como branco) e portanto, temos um compromisso ético e político de trabalharmos as questões raciais em nossa sala de aula ou colocamos tudo como "problema do negro"? Racializamos nossa cor branca e de nossos estudantes? Enfim, são uma série de procedimentos e problematizações que se não combate por completo o eurocentrismo, mas questiona e problematiza este eurocentrsmo. Pensamos que não há necessidade de uma ruptura epistemológica completa de uma ruptura com o eurocentrismo, mas olharmos por outras perspectivas a partir de outras premissas determinados temas. Outro exemplo: É possível falarmos de revolução industrial sem o trabalho do escravizado nas plantações de algodão nas colônias escravagistas do sul dos Estados Unidos? E finalizo com aquele famoso adágio popular: " Não necessariamente precisamos jogar a água fora com o bebê dentro'. Ou seja, há algo que possamos extrair das contribuições europeias? O que não é? Que perspectivas para determinados temas é possível assumirmos? Fazendo isso estaremos refletindo sobre nossa própria prática, sobre nossas aulas e construindo ações menos discriminatórias e mais antirracistas.

      Atenciosamente
      Professor Odair de Souza e Marcos Rodrigues Silva
      professorodair2014@gmail.com

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  19. Caros Marcos Rodrigues e Odair de Souza, fico muito grato pelo artigo produzido por vocês e me sinto muito realizado por essa leitura, foi como ler uma aventura do meu autor favorito, Sidney Sheldon. Consoante esse parágrafo do ensaio de vocês:

    "As reflexões assumidas ao longo desse texto, convida-nos a pensar que o fato de termos um conjunto de leis e normativas, propostas pedagógicas, cadernos, livros, etc, que orientam os docentes em relação a ERER, não garante a institucionalização de uma educação antirracista nas escolas do Brasil."

    Toda essa reflexão assumida ao longo do teto de vossas pessoas para uma tentativa de inclusão de uma educação antirracista nas escolas brasileiras, não tem uma garantia de sucesso. Logo, considerando esses aspectos, como os docentes em conjunto com os pais e familiares dessas crianças e jovens podem desenvolver uma criação de um pensamento antirracista, trazendo assim, uma bagagem que facilite esse conteúdo no ambiente escolar?

    Luiz Felipe Moura dos Santos;
    Email: formiga4mil@gmail.com

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    1. Oi Luiz Felipe,
      Agradeço pelas suas considerações e pela sua pergunta.

      - Primeiramente gostaria de reforçar que a história e cultura afro-brasileira, africana e indígena é uma obrigatoriedade legal. A lei 10.639/2003 foi substituída pela lei 11.645/2008 para incluir a história indígena nos currículos. Essa legislação foi incorporada a LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)9394/96, artigo 26A. Portanto, legislações não se DISCUTE, se CUMPRE. Existe também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana que inclui o Parecer 003/2004 e a Resolução nº 1/ de 17 de junho de 2004 que nos dá suporte teórico-metodológico para a implementação desses temas em nossas escolas. Também há o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana que define como deve ser implementado esse tema pelos diferentes entes da federação ( Estados, Municípios e Distrito Federal), bem como em nossas escolas, Educação de Jovens e Adultos, etc. No Estado de Santa Catarina, nós temos dois documentos bem importantes: Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense, que trouxe um capítulo unicamente destinado à EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS ( páginas 41 - 61). Neste capítulo tem uma carta escrita por professores indígenas que é muito importante que os professores leiam e se apropriam dessa orientação. Também temos no estado de Santa Catarina o caderno POLITICA DE EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA. Além disso, ainda há cadernos do Ministério Público com proposta de AÇÃO JUDICIAL no Ministério Público caso a escola não esteja cumprindo com a legislação.
      Porém, sabemos e nem queremos judicializar estes temas na Educação e muito menos que essa pauta se torne uma coisa meramente da perspectiva legal.
      Logo, um ambiente antirracista deve ser constituído e construído no e/ pelo COLETIVO DA ESCOLA com o envolvimento de todo o corpo docente e discente, o Conselho deliberativo, A Associação de Pais e Mestres, a Equipe Gestora e Pedagógica e, sobretudo bem delineado no projeto político Pedagógico da instituição, bem como em todos os planos de Ensino Anual e de aula. além disso, deve se criar uma escola com ambiência racial (RAMOS, 2014, p. 17) onde outras etnias, para além do branco tenham visibilidade como a população negra e indígena.
      O compromisso de uma EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA não deve ser de um único professor/professora e nem de um único sujeito, mas de TODO O COLETIVO ESCOLAR que se preocupa com uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna, sem violência de qualquer tipo como por exemplo o racismo. Sabemos que nós vivemos numa sociedade permeada pelo RACISMO ESTRUTURAL ( ALMEIDA, 2018).Portanto, como nos diz Ângela Davis, devemos ser muito mais que NÃO RACISTA, devemos ser ANTIRRACISTA.

      (ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural. Belo Horizonte: Minas Gerais: letramento, 2018)
      (RAMOS, Tânise Muller. Nossos antepassados eram africanos - então somos negros também: as intervenções pedagógicas na promoção das relações étnico-raciais e na constituição das identidades discentes. TESE ( Doutorado em Educação). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2014. 144 f.



      Atenciosamente

      Professores Odair de Souza e Marcos Rodrigues Silva.
      professorodair2014@gmail.com

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    2. Todos os materiais indicados acima pode ser encontrado em formato PDF na internet.

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  20. Inês Valéria Antoczecen25 de maio de 2021 às 23:00

    Boa noite. Concordo com as colocações dos autores. Infelizmente a história dos povos negros, assim como dos indígenas quando trabalhadas em sala de aula e são pontuais e fantasiosas. Nos livros didáticos, a história dos negros e dos afrodescendentes já era abordada de maneira
    superficial e idealizada. Mas atualmente na maioria dos livros didáticos, a história do Brasil foi substituída pela História Antiga e muitos professores somente trabalham o livro didático. Na opinião dos senhores, como isso pode ser revertido?

    Inês Valéria Antoczecen

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  21. Gostaria de saber como introduzir novas leituras para além do livro didático em sala de aula?

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  22. Bom dia,
    Meus parabéns aos autores por escrever sobre essa temática.
    Existe uma certa dificuldade em trabalhar essa temática em sala de aula, não só por conta do material didático, mas também devido a enraizamento do racismo e preconceito direcionado a temática.
    Por isso, gostaria de saber qual abordagem pode ser feita a questão que vai além da nossa deficiência com materiais didáticos.

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    1. Infelizmente o livro didático é o único material disponível para o uso do professor e dos estudantes em nossa sala de aula. Não contamos com assinaturas de jornais ou revistas ou qualquer outro periódico. Neste sentido, as possibilidades que temos, as vezes são mínimas, diante da carga horária que temos e das precárias condições de nossas escolas ( sem bibliotecas, sem laboratórios de informática, etc.). Mas vou sugerir algumas dicas que podemos fazer sem muitos recursos:
      - É possível conseguirmos imagens de personalidades negras e negros ou indígenas ( recortes de jornais/revistas que as vezes os próprios estudantes poderão trazer de casa) e fazer um mural e/ ou um painel na escola com a biografia dessas personalidades? É possível projetarmos em data-show e outras mídias vídeos - curtos ( documentários) sobre histórias e culturas, africanas, afro-brasileiras e indígenas? É possível pedirmos ao estudantes que tragam relatos de racismo que eles/elas presenciaram na televisão, na sua casa, na sua família ou no seu bairro, enfim, e fazermos um discussão séria sobre isso? Enfim, o que queremos dizer é que o livro didático, por si só, não dá conta de construirmos aulas antirracistas. Precisamos de outros instrumentos e materiais que complementem nossos livros didáticos e muitas vezes nem precisamos usar livros didáticos. temos que inventar e "re-inventar" (palavrinha da moda) nossas práticas e nossa metodologias quando tratamos desses temas. Sugiro a leitura do artigo: A interdisciplinaridade como caminho teórico-metodológico para a educação das relações étnico-raciais na educação básica", publicado na Revista Digital Formação em Diálogo, em dezembro de 2019. Nele podemos obter mais informações de como trabalhar a Educação para as relações étnico-raciais para além do livro didático.

      SOUZA, Odair de. A interdisciplinaridade como caminho teórico-metodológico para a educação das relações étnico-raciais na educação básica. Revista Digital Formação em Diálogo. Vol. 02, nº 4, DEZ/2019.


      Atenciosamente
      Prof. Odair de Souza e Marcos Rodrigues Silva.

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  24. CAMYLLA ARAUJO ALVES27 de maio de 2021 às 11:03

    Bom dia, Prº Me. Marcos Rodrigues da Silva e Prº Me. Odair Souza primeiramente gostaria de parabenizar os autores pela escrita de seu trabalho. Entretanto, tenho um questionamento referente ao período anterior da promulgação da lei 10.639/2003,de como era tratada a questão das histórias e culturas africanas e a afro-brasileiras nas escolas ou não era tratadas?
    Ass. CAMYLLA ARAUJO ALVES
    Graduando História na UEG- Universidade Estadual do Goiás

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    1. OI Camylla, muito interessante tua pergunta.
      Antes da lei 10.639/2003 praticamente não se abordava esses temas em sala de aula. Embora a lei 9394/96 já inserisse a necessidade de se estudar a história e cultura das matrizes africanas, europeias e indígenas, isto não entrava como obrigatoriedade no currículo escolar. OU seja, não havia uma politica nacional de efetivação de histórias e culturas africanas e afro-brasileira no currículo escolar e na sala de aula. Os Parâmetros Curriculares Nacionais também sugeriam esse estudos, mas não como obrigatoriedade legal. Embora os movimentos negros sempre lutassem para inserção desses temas no currículo ela só veio a se efetivar em 2003. Porém, alguns municípios brasileiros ( não muitos): Belo Horizonte, Florianópolis, São Paulo, já incluíam como obrigatoriedade o tema afro e uma educação antirracistas nos currículos da Rede Municipal. Os livros didáticos só vieram a sofrer alterações a partir de 2003. os primeiros livros didáticos mais completos sobre esses temas só vieram em 2007, por exigência de adequação à lei. A dissertação de mestrado de Odair de Souza, a educação para as relações étnico-raciais e o ensino de história, na suas páginas 113 e 114 traz um panorama desses livros antes da lei.

      Atenciosamente
      Professor Odair de Souza e Marcos Rodrigues de Souza
      professorodair2014@gmail.com

      Dissertação: SOUZA, Odair de. A Educação para as relações étnico-raciais: memórias e experiências de professoras da educação básica. Dissertação ( Mestrado em Ensino de História). Centro de Ciências da Educação/CED - Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC. Florianópolis: 2018, 213 f.

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  27. Parabéns a todos os organizadores do evento. Esse texto tem um fundamento que deveria ser exposto a todas as pessoas.

    Ao lê-lo, me perguntei do por que alguns estados brasileiros criam tanto desconforto em abordar temas de ensino étnico raciais? Em contra partida por que as poucas localidades que trabalham o tema encontram tantas dificuldades em continuar a obra de ensino? Visando a importância de aprendizado e a lei estabelecida a tanto tempo por que seu cumpri-la tem um caminhar tão lento?
    Grata.
    Camila Aparecida Mesquita Martins De Sousa

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    1. Pensamos que a legislação tem pouca efetivação por alguns motivos históricos:
      - acreditamos ainda que vivemos numa democracia racial onde todos vivem em harmonia e que não precisamos abordar 'essas coisas do passado", no Brasil somos todos "irmãos e filhos de Deus". Ou seja esse MITO ainda existe. - Outro aspecto é a branquitude da maioria dos docentes da escolas de nosso país - como brancos que somos - e brancos de privilégios - e não sofremos racismo, discriminações e preconceitos - não percebemos ou não queremos perceber que a maioria da população negra e indígena nesse país luta cotidianamente pela sua existência. e por fim o eurocentrismo que permeia nossas escolas, nossos livros e nossas atitudes. Tudo isso, nos leva a uma apatia, e em algumas vezes desrespeito e desinteresse e a pouca ênfase dado a esses temas. temas estes tão caros a população negra e indígena. São pessoas que embora se dizem não racistas, mas estão imbuídos desse racismo estrutural que permeia nosso pais e desse racismo institucional que permeia nossas escolas. Aliado a isso tudo - que já é enorme - temos as estruturas precárias de nossas escolas, a excessiva carga horária ne nosso trabalho, a ausência de formações qualificadas nestes temas, entre tantos outros problemas que poderiam ser levantados. Mas a despeito de tudo isso, devemos fazer o que é possível, o que está a nosso alcance para construirmos uma sociedade mais igualitária e justa racialmente.

      Atenciosamente
      Professor Odair de Souza e Marcos Rodrigues Silva
      professorodair2014@gmail.com

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  28. O texto debate questões realmente fundamentais para uma educação interdisciplinar que não aborde a temática afro-brasileira como algo místico e distante, a proposta de partir de exemplos reais é fundamental para que este ensino se torne eficaz para os alunos os principais beneficiados. Gostaria de saber se o balanço sobre a aplicação das leis que possibilitaram a inserção do ensino fora da lógica eurocêntrica, levando em conta a história indígena e afro-brasileira tem sido produtivo ou nem chega perto de seu objetivo de implementação?
    Francisco Pereira Dos Santos Junior

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    1. Francisco, infelizmente a implementação da lei 10.639/2003 fora da lógica eurocêntrica ainda não é uma realidade em nossas escolas. Muitos docentes ainda começam a estudar a história dos reinos e impérios africanos a partir da chegada dos portugueses na costa da África ( grandes navegações), a história do indígena no Brasil a partir da chegada dos portugueses; a história dos africanos e afro-brasileiros a partir da escravidão, a violência racial a partir dos estudos do Brasil Colônia. Ou seja, na maioria dos casos a Europa e ou um evento europeu ainda constitui o ponto de partida da maioria dos docentes para a construção de suas aulas. Por isso, para começarmos esses temas fora de lógicas eurocêntricas sugiro a leitura de texto que abordem o tema das decolonialidades e como metodologia a interdisciplinaridade ou os projetos de trabalho é uma boa opção.

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  29. A lei 10.639/03, torna obrigatório o ensino de história da África e da cultura africana e afro-brasileira nos currículos das escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio do Brasil.
    Como vocês avaliam o trabalho das escolas brasileiras,atualmente, anos após a implementação dessa lei? Ainda existem desafios? Quais?E como podem ser, possivelmente, superados?

    Ilma Cristiny Batista da Costa

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  30. A lei 10.639/03, torna obrigatório o ensino de história da África e da cultura africana e afro-brasileira nos currículos das escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio do Brasil.
    Como vocês avaliam o trabalho das escolas brasileiras,atualmente, anos após a implementação dessa lei? Ainda existem desafios? Quais?E como podem ser, possivelmente, superados?

    Ilma Cristiny Batista da Costa

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  31. A Lei 10.639 / 03 instituiu o Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) para comemorar a morte de Zumbi dos Palmares, líder dos quilombolas negros. O sinal do Dia da Consciência Negra é a luta do Brasil contra o preconceito racial. Então, como aplicar esse tema em sala de aula?


    João Victor Luziano Pereira Calisto

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  32. Olá,boa tarde, gostaria de parabenizar seu trabalho e também destacar que, o ensino de história afro-brasileiro ao longo do tempo ainda enfrenta muitas degradações no livros didáticos e em oralidades para se chegar ao patamar que queremos conquistar em sala de aula, principalmente quando sofre resistência do pensamentos eurocentricos, na qual se tem saberes donde podemos observar um certo preconceito com nossas origens africanas. Contudo, gostaria de perguntar como podemos superar essas barreiras que a tempos não foi quase muito mudada ou ainda restam muitos vestígios preconceituoso perante esse ensino de história?
    Do aluno de história josé Roberto Belo da Fonseca.

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  33. Primeiramenre gostaria de parabenizar aos professores, Marcos Rodrigues e Odair de Souza, pela excelente reflexão.
    Embora as leis existam, a respeito do ensino de História africana. Os livros didáticos apontam uma pequena parte desse conhecimento, e deixa muito a desejar.

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  35. Agradecemos a todos e todas pelas excelentes perguntas que com certeza nos fizeram refletir cada vez mais sobre nossa postura antirracista em sala de aula e nosso compromisso com uma educação mais democrática e igualitária. No entanto, por questões de tempo, não poderemos responder a todos e todas à contento. Para isso deixo meu email, para questionamentos futuros e estabelecimento de um diálogo profícuo. Fiquem a vontade para perguntar e dialogarmos sobre esse temas. EMAIL: professorodair2014@gmail.com

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