Claudionice Merloto da Silva Lemes Mikos

CULTURA HIP HOP E RAP NACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR: FORMAS DE APROPRIAÇÃO, RESISTÊNCIA VERSUS CONSUMO

  

O presente trabalho busca propor uma reflexão sobre a presença da Cultura Hip Hop no âmbito escolar, e a consequente reafirmação das Leis 10.639 e 11.645, que têm como premissa estabelecer a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, bem como as relações étnico raciais em todos os espaços educacionais. Entretanto, o estudo se ocupa em elucubrar como o Movimento Hip Hop, sobretudo, o RAP Nacional, se fazem importantes, não apenas para a formação dos estudantes, mas, por expor contradições históricas presentes nas formas de apropriações, ou seja, aquelas intrínsecas ao Movimento, como, por exemplo, resistência e contraposição ao sistema dominante. E, em outras que de maneira divergente, procuram cooptar a Cultura Hip Hop, para manutenção do estado das coisas, a partir da imposição de uma perspectiva hegemônica, embasada, sobretudo, no ideal de consumo. 

 

O movimento Hip Hop, nasceu nos Estados Unidos, no âmbito dos “guetos” nova-iorquinos, mais especificamente no Bronx, em um momento de grandes mudanças estruturais da sociedade. Tais como, a crise no sistema capitalista, responsável por provocar, o aumento da desigualdade social, perda de direitos e pobreza generalizada. Outrossim, a Guerra travada pelos Estados Unidos contra o Vietnã, que acarretou uma onda de convocações de negros e pobres moradores do subúrbio, para servir o exército americano, tendo como consequência numerosos casos de mutilações e mortes de jovens latinos e negros, habitantes dos guetos. Problemas internos, ligados à infraestrutura, o remodelamento urbano, e a consequente depreciação imobiliária colaboraram para o acirramento do descontentamento popular, originando um movimento de expressão "crítica" através da arte, música e dança, isto é, do Hip Hop.

 

O termo Hip Hop – considerado como um movimento de rua, nasceu e sobrevive nas periferias urbanas – possui significado que pode variar moderadamente, porém o sentido mais utilizado é “saltar movimentando os quadris”. Quatro elementos básicos emergiram do movimento Hip Hop, o DJ (disk jockey) e o MC (mestre de cerimônias). A junção das técnicas musicais do DJ, com a letras do MC, dão origem ao RAP, sigla que significa (rhythm and poetry), isto é, ritmo e poesia. Break (dança) e o Grafite (artes plásticas). Além destes, inclui-se ainda o que seria um quinto elemento (ligado ao despertar da consciência, do conhecimento e do pensamento social).

 

Sobre o primeiro elemento, destaca-se que os DJs Grand Master Flash, Kool Herc e Afrika Bambaataa faziam o papel de apresentadores ou de mestres-de-cerimônias nas festas, entregando o microfone aos dançarinos para que esses pudessem improvisar letras no ritmo do break. Nasciam, assim, os primeiros MCs, e com eles o RAP – segundo elemento (quiçá o mais importante) do Hip Hop – que consiste numa forma musical na qual um texto é recitado enquanto é acompanhado por uma batida rítmica. 

 

“A palavra rap tem diversos significados em inglês. Ela remete tanto à expressão “pancada seca” quanto à ideia de “criticar duramente”. Como gênero artístico, o rap baseia-se em uma fala ritmada sobre um fundo musical – muitas vezes apenas uma batida ritmada (...). A estrutura do grupo de rap centra-se em pelo menos um DJ (que controla as picapes, ou vitrolas) e um MC, o “mestre de cerimônias”. O hip hop, por sua vez, pode ser tanto o estilo de vida das pessoas que apreciam o rap, o universo dos DJs, o grafite, etc, quanto a música que acompanha a fala do MC.” (CAVALCANTE, 2001).

 

Quanto ao Break, terceiro elemento da Cultura Hip Hop, constata-se seu surgimento no ano de 1969, e que o mesmo esteve relacionado a ascensão de James Brown, artista estadunidense do (soul music). Seu aparecimento ocorreu em um período simultâneo com a chegada do DJ e do MC. Tal estilo consistia em uma prática em que jovens imigrantes, moradores da periferia de Nova Iorque, arriscaram movimentos de grande impacto, dando giros e saltos ao som das batidas dos DJs. Tratava-se de um modo de dançar descontínuo, do qual, os Break Boys (B. Boys), criaram movimentos quebrados que denunciavam a opressão econômica e social sob formas variadas de protesto e resistência. Afrika Bambaataa, direcionou todo seu conhecimento para transformar o break em uma dança pacificadora das brigas que aconteciam entre as gangues. No entanto, outras questões como, por exemplo, o impacto da Guerra do Vietnã sobre as comunidades mais pobres dos Estados Unidos, acabaram influenciando a cultura do Break em seus princípios, isto é, na formação de uma consciência social, e forte resistência contra o Estado opressor, bem como, as injustiças sociais. Desse modo, referente às habilidades motoras e os componentes básicos que fazem parte da coreografia da dança Break, a autora explica:

 

“Eles protestavam contra a Guerra do Vietnã e lamentavam a situação dos jovens adultos que retornavam da guerra debilitados. Cada movimento do Break possui como base o reflexo do corpo debilitado dos soldados norte-americanos, ou, então, a lembrança de um objeto utilizado no confronto com os vietnamitas. Por exemplo, alguns movimentos do Break são chamados de “giro de cabeça”, “rabo de saia”, “saltos mortais” etc. O “giro de cabeça” em que o indivíduo fica com a cabeça no chão e com os pés para cima procura circular todo o corpo, como simboliza os helicópteros agindo durante a guerra.” (ANDRADE, 1996, p.115).

 

O grafite, quarto elemento, foi uma forma de comunicação que surgiu no contexto nova-iorquino no início dos anos de 1970, e se expandiu por meio da troca de experiências entre jovens imigrantes e afro-americanos.  A princípio apareceu como uma “tag”, ou seja, um tipo de assinatura ou marca que os jovens colocavam em espaços de grande movimentação na cidade de Nova Iorque, para demarcar um espaço. Essa “tag”, funcionava por meio de dois procedimentos: primeiro associado à criação de um apelido que esconde a identidade do indivíduo, porém, de certa forma está relacionada a alguma característica física do artista. O segundo é uma extensão do primeiro, o que permite uma imponente delimitação territorial, ou seja, serve como um sinal das áreas de atuação de cada um. Assim, quando um monumento carrega a “tag” (em português significa etiqueta), este deixa de ser domínio público, e torna-se “posse” privativa do grafiteiro. Neste caso, o ato de invadir a “posse” de outro grafiteiro, é denominado como “atropelo”. Esse ato, envolve fortes consequências ao atropelador e ao grupo que protegeu o “traidor”. Nesse caso, os territórios são rigorosamente respeitados. Para evitar esse tipo de divergências territoriais, os jovens do grafite, promoveram um discurso de unidade e intensificaram suas participações nos eventos ligados ao movimento Hip-Hop.

 

Esses quatro elementos, possibilitaram a difusão do Hip Hop no Brasil, complementando-se com o que seria o mais forte elemento do Hip Hop, o conhecimento. Existem algumas definições sobre o que seria o “Quinto Elemento” do Movimento Hip Hop. Em suma, está profundamente ligado à formação cívica do cidadão, pois busca desenvolver um processo de cidadania plena em meio a juventude periférica. Alguns autores falam em formação do conhecimento, o qual consiste em esclarecer as pessoas sobre sua história e sobre seu papel social enquanto sujeito. Há também a teoria que designa o “Quinto Elemento”, através do pensamento social. Isto é, o elemento social, reunido em torno das organizações jovens que existem nos bairros de periferia, contribui com o processo de cidadania e para a conscientização política, incidindo, assim, sobre a dinâmica das praxes. E por fim destaca-se o “Quinto Elemento” a partir da formação de uma consciência crítica, onde as ações político-culturais desenvolvidas pelo Movimento Hip Hop, possibilitam o reconhecimento da identidade étnica racial, e a formação de uma consciência crítica, que deixa de limitar-se a reivindicações primárias e passa a exigir uma transformação absoluta da sociedade em benefício de todos os sujeitos da qual fazem parte. Assim, um dos objetivos do movimento, não é atuar apenas na elaboração da consciência crítica, mas colocar em prática os princípios pelos quais acredita-se serem necessários para a transformação social.

 

“O simples conhecimento crítico da situação opressora, no entanto, não é suficiente para transformá-la, no sentido de sua eliminação. A consciência crítica, construída nas práxis, só se consubstancia em sua inserção crítica, isto é, na organização e ações concretas dos oprimidos em busca da transformação da realidade. “Quanto mais as massas populares desvelam a realidade objetiva e desafiadora sobre a qual eles devem incidir sua ação transformadora, tanto mais se inserem nela criticamente” (Freire, 2005, p.44). A realidade deixa de ser percebida como algo fixo, imutável, e torna-se dinâmica, mutável.”  (DURANS, 2011, p. 78-79).

 

Mesmo mantendo uma aparência homogênea, pois, no geral, o Movimento Hip Hop prima por um discurso de resistência e formação de consciência crítica. Tal cultura, tornou-se exclusiva de cada lugar, por assimilar junto aos seus componentes, características próprias e produzir então, distinto meio de comunicação, seja pela música, pela dança ou pela arte. Isto é, apesar de manter uma base original formada nos “guetos” da cidade de Nova Iorque, a cultura Hip Hop, adaptou-se e se caracterizou a partir das peculiaridades de cada nação ou espaço físico do qual se fixou, retratando assim a realidade ou o contexto social local. 

 

O Hip Hop chegou ao Brasil na década de 1980, foi assimilado por jovens negros e pobres, moradores das periferias das cidades grandes, com destaque para São Paulo, onde surgiu com força total através de encontros realizados na Praça Ramos, na rua 24 de maio e na Estação do Metrô de São Bento.

 

Entretanto, visando que o enfoque dessa discussão está relacionado primordialmente, ao segundo elemento, isto é, ao RAP, destaque-se que, a princípio as letras das músicas afro-americanas não eram compreendidas dentro do movimento, pois, tratavam de questões raciais e sociais, que geram poucas discussões, ou debates isolados e inaudíveis no cenário brasileiro. Isso explica o fato das primeiras músicas produzidas dentro da cultura Hip Hop, não apresentarem discursos de resistência. Somente com as transformações ocorridas no contexto social brasileiro, – o processo de democratização e a globalização – é que os grupos passaram a expressar através da música sentimento de revolta e descontentamento às injustiças sociais.  Djs como Thaíde, Dj Hum e Racionais MC 's, foram os precursores dessa expressão crítica de resistência. Em 1988 foi lançado o primeiro álbum de Hip Hop pela gravadora Eldorado, a música “Homens da Lei” fez parte desse álbum. Marcando a utilização do Movimento como resistência ao sistema social nacional.  Em nova fase, O RAP teve importante papel na propagação do hip hop no Brasil, tanto pelo conteúdo das letras, que dão sentido à sua causa, quanto pelo despertar de um impulso midiático.  Isto é, o RAP emergiu com o princípio de perceber a cidade, seus espaços urbanos e as vivências. Em meio a tal cotidiano, destaca-se a violência, como marca registrada das comunidades periféricas, ao mesmo tempo, amplia-se a discussão sobre o contexto das cidades grandes, assunto debatido em vários RAPs, em forma de denúncia. Ou seja, a violência deu o tom em muitas dessas narrativas, produzidas por pessoas que passaram a questionar cada vez mais as desigualdades, injustiças e discriminação, por meio das letras do RAP.

 

Dessa forma, o RAP se desenvolveu no Brasil, precisamente nas periferias das grandes cidades, relacionado a maneira com que os jovens se apropriaram dele, isto é, retratando suas vivências através de uma perspectiva analítica de dado espaço. Assim, a produção musical do RAP, necessita ser entendida como uma reflexão sobre a cidade e o lugar em que o os jovens Rappers ocupam nela. Além da violência como um dos temas centrais dessas produções, no Brasil, o Rap político e militante, que possui caráter contestador, são ao lado da “violência” os que mais se sobressaem. Sobre as características técnicas do RAP, destaca-se:

 

“Um rap possui três elementos centrais: a base musical (melodia, ritmo e harmonia), a forma (rimas, ortografia) e o conteúdo. A questão fundamental é encontrar uma harmonia entre os três elementos. A linguagem utilizada pelo hip hop é a do cotidiano, com gírias e expressões locais que podem causar estranheza para quem escuta a música; afinal, a produção artística é imanente ao território da vida, logo, a linguagem do hip hop é a linguagem do território é a linguagem singular de cada periferia, ainda que se considere que “periferia é periferia em qualquer lugar”. Dessa forma, o hip hop busca ser o mais autêntico possível na construção do seu discurso. A preocupação com a linguagem é explicada pelo fato do rapper querer ser totalmente compreendido pelas pessoas que escutam essa sua música.” (RODRIGUES, 2011, p.109).

 

Embora, o Rap seja intrinsecamente composto por uma narrativa crítica e de resistência, torna-se coerente analisar que dado elemento pertencente ao movimento Hip Hop, ao dissolver-se em vertentes diversas – o “Rap alternativo” ou “Rap estilo de rua”; o “Rap romântico” ou “Rap Underground”; o “Rap Freestyle”; o “Rap Radical” ou “Rap Gangsta”; do "Rap Gospel; o “ Rap playboy”; o “Rap Pop”; o “Rap Rock” e o “Rap cronista” – acabou incorporando interesses fora do âmbito do Movimento, estabelecidos, nesse caso, pela indústria cultural, cultura de massa ou cultura midiática, tendo como consequência que se resignar ao processo de mercantilização, aos seus moldes, e a demanda do mercado consumidor. Para fazer frente a tal resignação, o poder regente do mercado cultural, sumariamente forjado por princípios capitalistas, fez com que os donos do poder hegemônico cultural ligado ao capitalismo de mercado e a lucratividade, ao verem-se ameaçados por um movimento considerado subversivo como o RAP, tentassem primeiro cooptá-lo aos seus padrões, e na falta de resultados satisfatórios, imputaram-no características conspiratórias, associadas a drogas, violência e criminalidade. Sobre essas manobras o autor esclarece que:

 

“O efeito do conjunto da indústria cultural é o de uma anti desmistificação, a de um anti-iluminismo [anti-Aufklärung]; nela, como Horkheimer e eu dissemos, a desmistificação, a Aufklärung, a saber a dominação técnica progressiva, se transforma em engodo das massas, isto é, em meios de tolher a sua consciência.  Ela impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente. Mas estes constituem, contudo, a condição prévia de uma sociedade democrática, que não se poderia salvaguardar e desabrochar senão através de homens não tutelados. Se as massas são injustamente difamadas do alto como tais, é também a própria indústria cultural que as transforma nas massas que ela depois despreza, e impede de atingir a emancipação, para qual os próprios homens estariam tão maduros quanto as forças produtivas da época o permitiriam.” (ADORNO, 1971, p. 295).

 

Mesmo assim, o RAP Nacional, elemento de destaque da cultura Hip Hop, procurou a seu modo desafiar a fragmentação estabelecida pela ordem ideológica, política e econômica, que compõe o Estado, muito embora, restringindo-se à uma forma de autoconhecimento e reação dos jovens – habitantes da periferia das grandes cidades brasileira – aos processos massificados que atingem a contemporaneidade, no qual todo o indivíduo pode ser substituído, ou seja, passível de ser “abatido” após o seu uso, ou “abocanhado” pelo mercado consumidor, que em muitos casos age sorrateiramente em busca de converter toda e qualquer cultura ao seu serviço.

 

“A uma produção racionalizada, expansionista além de centralizada, barulhenta e espetacular, corresponde outra produção, qualificada de consumo: esta é astuciosa, é dispersa, mas ao mesmo tempo ela se insinua ubiquamente silenciosa e quase invisível, pois não se faz notar com produtos próprios, mas nas maneiras de empregar os produtos impostos por uma ordem econômica dominante.” (CERTEAU, 1994, p. 39).

 

Sendo assim, são através de práticas, ou mesmo, táticas que os jovens engajados com o mundo Hip Hop, especialmente com o RAP, conseguem driblar as pressões presentes no contexto social, tanto nas cidades quanto nas periferias, utilizando em suas músicas discursos que vão das críticas à ordem estabelecida à militância em prol da transformação total desta ordem. Isto é, trata-se de um movimento de constante compressão entre a configuração de cultura que se “deve” estabelecer, ou seja, vinda de “cima” e a cultura produzida por aqueles que estão “embaixo”, presentes em espaços construídos socialmente, como, por exemplo, espaços educacionais, organizações e associações periféricas que abrigam e disseminam tal fenômeno cultural.  Sobre essas formas de apropriações o autor descreve que:

 

“[...] a cultura comum e cotidiana enquanto apropriação (ou reapropriação); o consumo ou recepção como ‘uma maneira de praticar’, apontando para a necessidade de extrair das práticas cotidianas, ‘do seu ruído’, as ‘maneiras de fazer’, que majoritárias na vida social, não aparecem muitas vezes, senão a título de ‘resistências’ ou de inércias em relação ao desenvolvimento da produção sociocultural.” (CERTEAU, 1994, p. 16-17).

 

Portanto, ao falar de âmbito escolar, ou contexto educacional, torna-se necessário ressaltar que determinados espaços são ocupados a partir da dinâmica de anseios e disputas, produzidas pelo próprio cenário social, que em suma é opressor e conflitante. Ao frequentar esses lugares os estudantes desenvolvem um movimento de mobilidade, produzindo diferentes espaços, e, por meio de ações táticas, podem subverter, ainda que temporariamente ou permanentemente, o ordenamento social instituído. Nesse mesmo sentido, tem-se o conceito de apropriação, como importante contribuição às análises sociais, uma vez que não elimina os debates sobre disciplina social, já que a mesma se dá a partir do embate entre aqueles que resistem e aqueles que impõem ordem, seja ela, política, religiosa ou cultural. É dessa maneira, portanto, que o RAP Nacional reafirma visões de mundo, posições engajadas dentro das quais os estudantes podem formar sua ação social expressando e questionando os valores instituídos socialmente numa leitura crítica com base naquilo que seja possível de se reverter no modo de ser desta sociedade, agindo de forma resistente, perante as forças ocultas, infringidas pelo sistema de consumo – tendo esse logrado alguns êxitos dentro do movimento cultural – e continuando a se opor à adequação do mercado consumidor, intensificado mediante a velocidade das comunicações tecnológicas, do consumo serializado da cultura, e a evidente resistência do sistema educacional, mesmo perante às Leis 10.639 e a Lei 11.645, em compreender o conhecimento informal presente no cotidiano e na realidade dos estudantes como peça chave para a formação do conhecimento formal.

 

 Referências biográficas

 

Claudionice Merloto da Silva Lemes Mikos, estudante do curso de Mestrado em História Política da Universidade Estadual de Maringá – UEM.

 

Referências bibliográficas

 

ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, G. (org). Comunicação e indústria cultural. Cia Editora Nacional/Editora Universidade de São Paulo, 1971.

 

ANDRADE, Elaine Nunes de. Movimento negro Juvenil: um estudo de caso sobre os jovens rappers de São Bernardo do Campo. São Paulo: Faculdade de Educação//USP, 1996. [Dissertação de Mestrado].

 

CAVALCANTE, Berenice. STARLING. M. Heloise. EISENBERG, José. Rap: o canto à beira do precipício. Folha de S. Paulo, São Paulo, 14 out. 2001. Caderno Mais.

 

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano, 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

 

DURANS A. Claudimar. A história do hip-hop e a formação da consciência crítica. Revista Cultural Crítica, São Paulo, n. 14, p. 74-79, 2º Semestre de 2011.

 

RODRIGUES B. Glauco. Espaço político e cultura. Breves considerações acerca do movimento hip-hop. Revista Cultural Crítica, São Paulo, n. 14, p. 103-111, 2º Semestre de 2011.

 

18 comentários:

  1. Primeiro quero parabenizar esse trabalho incrível que me agregou muito como militante negro, apreciador da cultura hip hop e rap nacional e acadêmico de História

    Minha pergunta está intrinsecamente ligada como essas práxis, como o hip hop pode nos proporcionar uma transformação na prática e na teoria dentro do ambiente escolar? sendo que muitas vezes o rap está sendo visto como algo desconexo entre os outros elementos do hip hop, onde o rapper ou mestre de cerimônia hoje está tendo mais visibilidade mediática do que os outros elementos e ainda é vista como um movimento estereotipado e somente de street onde muitos que vivem de rap hoje no Brasil tiveram que largar o ambiente escolar pra viver disso, faço menção ao rapper mineiro djonga que também é acadêmico de história e traz referências como bell hooks, franz fanon, nelson mandela e entre outros e que pode ser visto como um exemplo de trabalho em junção entre ambiente escolar especificamente história e hip hop contra o racismo no Brasil mas sabemos que nem todos tiveram essa mesma oportunidade de ter esse conhecimento acadêmico e ainda viver de rap

    Thiago da Cruz Félix

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    1. THIAGO DA CRUZ FÉLIX

      Boa noite Thiago, primeiramente agradeço imensamente os elogios ao meu texto. Sua pergunta é muito pertinente ao que se refere as práticas metalógicas passiveis de adotar o Hip Hop, sobretudo o Rap em sala de aula. Dentro da disciplina de História, tal práxis, pode contribuir para desfazer aquilo que Frantz Fanon, estabeleceu em sua obra - "PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS”, - como “complexo de inferioridade”, “o desejo de ser branco”, “um embranquecimento alucinatório” (FAFON, 2008, p. 95). Isto é, tendo em vista que a Cultura Hip Hop, e principalmente o RAP, foram cooptados pela indústria cultural, cultura de massas ou cultura midiática, e acabaram incutindo nos jovens negros da periferia valores desconexos da essência crítica e de resistência, deixando de ser um reflexo do seu eu, enquanto sujeito de sua própria história. Onde, os jovens negros passam a olhar para o Rap com estranhamento, não mais se reconhecem nele, olham como se tivessem que se adaptar a ele, ou seja, deixam de perceber que a Cultura Hip Hop, e o Rap, estão intrinsecamente ligados a raiz africana, ou seja, nasceram da cultura africana, são um reflexo da cultura da juventude negra, e não algo à que esses jovens devam incorporar. Assim a proposta de trabalhar o RAP, elemento do Hip Hop, é de primeiramente desfazer esse "esse desejo de ser branco", que busca incorporar a superficialidade da moda e do consumo, numa tentativa de se "igualar" aos consumidores de RAP, apenas como, estilo musical, adaptados a mídia e a moda. Ou seja, aquele RAP que "agrada" e satisfaz o mercado consumidor. A proposta é que em sala de aula os alunos se reencontrem com o Rap, e percebam que por meio dele é possível, reverter esse cenário de submissão, reconsiderando a forma em que jovens afrodescendentes vêem a si mesmos e têm sido visto não só no no âmbito escolar, mas na sociedade como um todo. Isto é, trabalhar o Rap dentro da disciplina de História no contexto escolar, pode promover o direito de jovens africanos a estar onde quer que estejam e a reivindicar a agência na localização, no espaço, na orientação e na perspectiva, desafiando o conceito dominante que enxerga os jovens negros, os afrodescendentes e a África como marginais, incapazes de instituírem realidade própria. E assumindo uma postura inerente de resistência e luta contra o racismo. Interessante destacar o trabalho com a cultura Hip Hop, pode ser interdisciplinar, onde diferentes disciplinas são capazes de inferir ao elemento pelo qual têm mais aptidão, como, por exemplo, a disciplina de Arte, com o Grafite, educação física com o Elemento do Breack, e assim por diante. À disciplina de História competiria resgatar essa consciência crítica emanada pelo RAP, através de suas letras e do conhecimento da história de vida, militância e luta de seus compositores Rapers, bem como a que contexto espacial e temporal a letras fazem referência.

      Não sei se respondi bem à sua pergunta, mas creio que foi possível uma ótima troca de conhecimentos.

      Grata por tudo.
      Até mais!!!!

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    2. THIAGO DA CRUZ FÉLIX

      Boa noite Thiago, primeiramente agradeço imensamente os elogios ao meu texto. Sua pergunta é muito pertinente ao que se refere as práticas metalógicas passiveis de adotar o Hip Hop, sobretudo o Rap em sala de aula. Dentro da disciplina de História, tal práxis, pode contribuir para desfazer aquilo que Frantz Fanon, estabeleceu em sua obra - "PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS”, - como “complexo de inferioridade”, “o desejo de ser branco”, “um embranquecimento alucinatório” (FAFON, 2008, p. 95). Isto é, tendo em vista que a Cultura Hip Hop, e principalmente o RAP, foram cooptados pela indústria cultural, cultura de massas ou cultura midiática, e acabaram incutindo nos jovens negros da periferia valores desconexos da essência crítica e de resistência, deixando de ser um reflexo do seu eu, enquanto sujeito de sua própria história. Onde, os jovens negros passam a olhar para o Rap com estranhamento, não mais se reconhecem nele, olham como se tivessem que se adaptar a ele, ou seja, deixam de perceber que a Cultura Hip Hop, e o Rap, estão intrinsecamente ligados a raiz africana, ou seja, nasceram da cultura africana, são um reflexo da cultura da juventude negra, e não algo à que esses jovens devam incorporar. Assim a proposta de trabalhar o RAP, elemento do Hip Hop, é de primeiramente desfazer esse "esse desejo de ser branco", que busca incorporar a superficialidade da moda e do consumo, numa tentativa de se "igualar" aos consumidores de RAP, apenas como, estilo musical, adaptados a mídia e a moda. Ou seja, aquele RAP que "agrada" e satisfaz o mercado consumidor. A proposta é que em sala de aula os alunos se reencontrem com o Rap, e percebam que por meio dele é possível, reverter esse cenário de submissão, reconsiderando a forma em que jovens afrodescendentes vêem a si mesmos e têm sido visto não só no no âmbito escolar, mas na sociedade como um todo. Isto é, trabalhar o Rap dentro da disciplina de História no contexto escolar, pode promover o direito de jovens africanos a estar onde quer que estejam e a reivindicar a agência na localização, no espaço, na orientação e na perspectiva, desafiando o conceito dominante que enxerga os jovens negros, os afrodescendentes e a África como marginais, incapazes de instituírem realidade própria. E assumindo uma postura inerente de resistência e luta contra o racismo. Interessante destacar o trabalho com a cultura Hip Hop, pode ser interdisciplinar, onde diferentes disciplinas são capazes de inferir ao elemento pelo qual têm mais aptidão, como, por exemplo, a disciplina de Arte, com o Grafite, educação física com o Elemento do Breack, e assim por diante. À disciplina de História competiria resgatar essa consciência crítica emanada pelo RAP, através de suas letras e do conhecimento da história de vida, militância e luta de seus compositores Rapers, bem como a que contexto espacial e temporal a letras fazem referência.

      Não sei se respondi bem à sua pergunta, mas creio que foi possível uma ótima troca de conhecimentos.

      Grata por tudo.
      Até mais!!!!

      Att,
      CLAUDIONICE MERLOTO DA SILVA LEMES MIKOS

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    3. Muito obrigado pela resposta e sim com certeza esclareceu minha dúvida e muito obrigado novamente, espero muito ainda usar seu trabalho Claudionice Merloto da Silva Lemes Mikos como referencia em algum trabalho acadêmico sobre o tema que aqui foi abordado, me sentirei muito honrado em dá créditos a você e esse trabalho incrível e parabéns por todo esforço!!!

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  2. Parabéns pelo trabalho. Muito relevante para refletir sobre a cultura hip hop. Apesar de toda a mercantilização dentro dessa cultura ela é uma resistência.
    Como professora percebo também que pode ser difícil a abertura dos docentes para trabalhar com o rap ou até o funk. Como trazer esses assuntos à formação docente? Ou dos docentes que já estão em sala de aula?
    Sou bem ignorante sobre o hip hop, você poderia indicar alguns rappers que abordam sobre a conscientização da violência, preconceito, desigualdades?
    Obrigada e novamente parabéns pelo texto.

    Paola Rezende Schettert

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    1. Olá Paola, espero que esteja bem!!

      Realmente, o Rap Nacional em grande parte foi tomado pela cultura de massa e pelo mercado midiático. Porém, temos inúmeros trabalhos que resistem a essa mercantilização. Como venho debatendo, dentro da disciplina de História, seria interessante traçar um comparativo, entre o Rap que se " vende", e o Rap que "transforma". Procurando compreender sobre qual os alunos mais se identificam, é preciso resgatar o sentimento de pertencimento entre a cultura afrodescendente que resiste e a que se submete a estrutura capital. Dito isso, existem inúmeras possibilidades de trabalhar a Cultura Hip Hop, sobretudo o Rap em sala de aula, a partir da análise e das letras, com elaboração de paródias, apresentações musicais em grupos, destacando inclusive, as vestimentas. Também é possível reproduzir as letras de maneira "teatral" reproduzindo o cenário do cotidiano da juventude. Por isso a importância da interdisciplinaridade. Penso que nós professores de História, podemos trabalhar muito com o que seria o "Quinto Elemento" do movimento Hip Hop, pois, o mesmo tramita por todos os elementos. Trazendo o consciência da realidade das periferias, do cotidiano dos jovens para o "chão da escola", com objetivo de dar continuidade ao conhecimento transformador. Enfim, o importante é fazer com que o jovem negro de periferia (não só eles), mas todos os alunos, reconheçam sua identidade, bem como possam usufruir da sua essência dentro de todos os âmbitos sociais informais e formais, sem ter que se moldar a nenhum sistema para se protegerem de racismos e preconceitos.
      Em minha humilde opinião, talvez por questão de gosto musical mesmo , deixo a indicação dos rappers: Racionais MC's: Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e DJ KL Jay; MV Bill; Sabotage; Marcelo D2; Criolo; Emicida; Flora Matos; Gabriel Pensador.

      Espero ter respondo à altura dos seus questionamentos.
      Grata pela troca de conhecimentos.
      Tenha um ótimo dia.

      Att,
      CLAUDIONICE MERLOTO DA SILVA LEMES MIKOS.

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    2. Paola, muito obrigada pela leitura e os elogios ao meu texto!!!

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  3. Parabéns e obrigado pelo trabalho. Rap salva vidas e sempre me sinto na obrigação de agradecer quem faz desta cultura popular, um conhecimento científico. Um dos pontos a ser combatidos é acerca da criminalização deste elemento. As denúncias e resistências da comunidade periférica através da cultura são interpretadas como incentivo à criminalidade. Dado o atual contexto nacional, como abordar o rap nacional em sala de aula tendo em vista a repressão exercida por parte dos grupos majoritários os quais os pais fazem parte, e até mesmo, o próprio corpo docente da instituição, seja ela pública ou particular? Parabéns pelo profissionalismo, Claudionice.

    Matheus dos Santos Martins

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    1. Olá Matheus, espero que esteja bem!
      Sua indagação é de grande valia, tendo em vista que trabalhar a cultura Hip Hop, sobretudo, o Rap em sala de aula é um ato subversivo por si só. Atitudes preconceituosas e racistas residem no meio educacional historicamente e infelizmente são disseminadas pelo próprio corpo docente, bem como a direção. Como experiência própria, para trabalhar o Rap Nacional ou até mesmo o afro-americano no contexto escolar, meu projeto teórico e metodológico, precisou passar por uma "espécie de aprovação", sob a justificativa do conteúdo fazer apologia a violência, e as drogas. Com isso percebi ainda mais a importância de do Rap para dar voz, bem como trazer a realidade dos jovens negros ou não, mas, que vivem nas periferias para contexto escolar, a fim de quebrar a estrutura dominante imposta e "naturalizar" a realidade, também os conhecimentos trazidos por esses alunos fruto das suas construções históricas.

      Espero ter contribuído contribuído à altura com seus questionamentos.
      Agradeço imensamente pela troca de conhecimentos.

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    2. Olá Matheus, espero que esteja bem!
      Sua indagação é de grande valia, tendo em vista que trabalhar a cultura Hip Hop, sobretudo, o Rap em sala de aula é um ato subversivo por si só. Atitudes preconceituosas e racistas residem no meio educacional historicamente e infelizmente são disseminadas pelo próprio corpo docente, bem como a direção. Como experiência própria, para trabalhar o Rap Nacional ou até mesmo o afro-americano no contexto escolar, meu projeto teórico e metodológico, precisou passar por uma "espécie de aprovação", sob a justificativa do conteúdo fazer apologia a violência, e as drogas. Com isso percebi ainda mais a importância de do Rap para dar voz, bem como trazer a realidade dos jovens negros ou não, mas, que vivem nas periferias para contexto escolar, a fim de quebrar a estrutura dominante imposta e "naturalizar" a realidade, também os conhecimentos trazidos por esses alunos fruto das suas construções históricas.

      Espero ter contribuído contribuído à altura com seus questionamentos.
      Agradeço imensamente pela troca de conhecimentos.

      Att,
      CLAUDIONICE MERLOTO DA SILVA LEMES MIKOS

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  4. Boa Noite Claudionice,

    Seu trabalho nós mostra a importância do Hip Hop, bem como a história do surgimento do movimento. Minha pergunta é: Como utilizar o movimento Hip Hop nas aulas de História para aprimorar o ensino-aprendizagem dos educandos? Considerando o fato de que muitas pessoas vêem o movimento com "maus olhos"?

    Tamar Cristina Ludwig.

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    1. Olá Tamar Cristina, espero que esteja bem!
      Para inciar, gostaria de salientar que o Movimento Hip Hop, já faz parte da grade curricular de algumas disciplinas como Arte e Educação Física, no que se refere ao Estado do Paraná. Isso abre um leque de possibilidades para que seja trabalhado de forma interdisciplinar. Entretanto, dentro da disciplina de História, o Rap é de grande valia para abordar a cultura africana, afrodescendente e as lutas afro-americanas, através de uma ótica de resistência. A análise das letras que trazem uma crítica social, política, econômica e outras, pode ser complementada com a discussão sobre a história de vida e militância de seus compositores, bem como daqueles que o interpretam. Mas, o mais importante é procurar saber de que forma os jovens estão incorporando o Rap, e de que forma eles os reproduzem. A conscientização do Rap como elemento crítico, no qual busca mudanças significativas nas condições de vida das comunidades, principalmente na igualdade de direitos, são temas que devem ser trazidos para o âmbito escolar, pois, não estão inertes a sociedade, pelo contrário, as questões sociais e raciais estão intimamente presentes na sala de aula, e devem tomar a importância que lhes cabe, para que possam, com isso, serem transformadas, de modo a extinguir o racismo e o preconceito, tanto no âmbito informal quanto no formal do sistema educacional.

      Espero ter respondido à altura dos seus questionamentos.

      Tenho um ótimo dia!!!

      Grata pela troca de conhecimentos!!!

      Até mais.

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    2. Olá Tamar Cristina, espero que esteja bem!
      Para inciar, gostaria de salientar que o Movimento Hip Hop, já faz parte da grade curricular de algumas disciplinas como Arte e Educação Física, no que se refere ao Estado do Paraná. Isso abre um leque de possibilidades para que seja trabalhado de forma interdisciplinar. Entretanto, dentro da disciplina de História, o Rap é de grande valia para abordar a cultura africana, afrodescendente e as lutas afro-americanas, através de uma ótica de resistência. A análise das letras que trazem uma crítica social, política, econômica e outras, pode ser complementada com a discussão sobre a história de vida e militância de seus compositores, bem como daqueles que o interpretam. Mas, o mais importante é procurar saber de que forma os jovens estão incorporando o Rap, e de que forma eles os reproduzem. A conscientização do Rap como elemento crítico, no qual busca mudanças significativas nas condições de vida das comunidades, principalmente na igualdade de direitos, são temas que devem ser trazidos para o âmbito escolar, pois, não estão inertes a sociedade, pelo contrário, as questões sociais e raciais estão intimamente presentes na sala de aula, e devem tomar a importância que lhes cabe, para que possam, com isso, serem transformadas, de modo a extinguir o racismo e o preconceito, tanto no âmbito informal quanto no formal do sistema educacional.

      Espero ter respondido à altura dos seus questionamentos.

      Tenho um ótimo dia!!!

      Grata pela troca de conhecimentos!!!

      Até mais.

      Att,

      CLAUDIONICE MERLOTO DA SILVA LEMES MIKOS.

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  5. O Hip Hop e Rap como implementar numa sala de aula ?

    Leonardo Lima de Moura

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  6. Parabéns pelo teu excelente trabalho, muito interessante conhecer um pouco sobre essa cultura! gostaria de saber se hip hop e rap são a mesma coisa? e como fazer a inserção dessas questão com os alunos fora de uma aula de educação física que talvez o hip hop seja mais trabalhado ou não.

    - Amanda Karem Falcão Da Silva

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    Respostas
    1. Olá Amanda, espero que esteja bem!!
      Muito obrigada pelos elogios ao meu trabalho.
      Respondendo a sua pergunta, o Hip Hop e o Rap não são a mesma coisa. O Hip Hop, é um Movimento Cultural de base afro-americana, que se expandiu para várias parte do mundo inclusive para o Brasil. Tal movimento engloba cinco elementos, e o Rap é um desses elementos. Trata-se de um estilo musical que trás em suas letras o retrato da vida cotidiana dos jovens negros da periferia, suas angustias, críticas e reflexões. Tais posicionamentos construídos dentro de tal cotidiano, pode ser remetidos para dentro da sala de aula, sendo abordado, especialmente, pela disciplina de história, partindo assim, dessa estrutura crítica, de lutas e resistências. As letras das músicas trazem uma abordagem concreta da realidade dos alunos, e quando trabalhada no contexto formal da escola, permitem o reconhecimento de pertencimento à esses alunos. Abrindo margens para o exercício da sua cultura tanto em núcleos informais quanto formais. Tendo como expectativa a possibilidade de diminuir ou até mesmo se destruir toda e qualquer forma de preconceito e racismo.

      Não sei se pude responder aos seus questionamentos de maneira satisfatória, porém, me encontro feliz devido a troca de conhecimentos.

      Att,
      CLAUDIONICE MERLOTO DA SILVA LEMES MIKOS

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  7. como pode ser trabalhado o hip hop em combate com o racismo nas escolas? onde muitos alunos sofrem racismo, mas nem sabe. Trabalhar o hip hop juntamente com a consciência negra.

    - Amanda Karem Falcão Da Silva

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