Joyce Silva Cardoso

UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA SOBRE A NECESSIDADE DE UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA

  

É pertinente refletir que, para construirmos uma sociedade antirracista, precisamos buscar formas de romper com o pacto colonial nos mais diversos aspectos da construção da nossa sociedade, é preciso levantar reflexões e problematizações acerca de como podemos romper com essa lógica colonialista enraizada, pois, como aponta Silvio Almeida (2020, p.20) "o racismo é sempre estrutural, ou seja, de que ele é um elemento que integra a organização econômica e política da sociedade”. Ou seja, o racismo está presente na nossa construção de sociedade. Desse modo, podemos entender que também está presente no âmbito educacional. Tendo a compreensão que abundantes aspectos se fazem necessários para esse movimento de mudança e, não necessariamente são desconexos, muito pelo contrário, vão se relacionando e estruturando nossa sociedade, são inúmeras as questões e problematizações que podem ser levantas para a construção de uma sociedade antirracista.

 

Considerando que o racismo é estrutural, desse modo, está presente na formação do nosso meio social, é incongruente negar a existência do mesmo na educação. Afinal, além da nossa História contar com mais de 300 anos de inúmeras violências advindas da escravidão, também tivemos que lidar com leis que proibiram o acesso das populações negras a educação, a adquirir terras. E mesmo após essas leis deixarem de ser vigente, pessoas não brancas foram sistematicamente impedidas de terem acessos básicos e, dessa forma, a construção do conhecimento foi dando-se tanto através do apagamento de pessoas não brancas, quanto de teorias eugenistas.

 

Desse modo, considero que seja oportuno trazer essa reflexão sobre a busca da construção de uma sociedade antirracista através da educação, afinal, também é um dos setores imersos na estrutura racista da nossa sociedade. Podemos ter uma breve compreensão dessa realidade, ao pensarmos que é necessário que exista a Lei nº 12.711/2012, para a reserva de cotas no ensino superior e a Lei Nº 11.645 para institucionalizar o ensino de História e Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas na grade curricular, seja da educação fundamental à universidade. Assim, torna-se necessário e pertinente discutir sobre racismo, assim como pensar numa educação que se fundamente na escolha teórica-metodológica visando buscar pelo antirracismo.

 

Portanto, parto de uma perspectiva que, para construirmos uma sociedade antirracista, é preciso caminhar pelas vias da educação. E quando falo em educação, não estou fazendo alusão a concepção bancária, na qual Paulo Freire expõe na obra Pedagogia do Oprimido (1987) uma relação de poder em que o educador detém o conhecimento e os educandos apenas absorvem, como depósitos, tabelas a serem preenchidas, negando suas subjetividades e realidades distintas. Apesar de não ser uma obra recente, sabe-se que ainda é muito comum essa relação de poder entre educadores e educandos, pois, também é inerente a lógica colonial dominante.

 

Ao mesmo tempo, esse modelo educacional corrobora para que haja uma hierarquização de conhecimento, além de deixar marcas na construção dos educandos, uma narrativa dos “vencedores”, ou seja, favorece para que continue a se constituir e solidificar essa perspectiva hegemônica e universal, partindo do ponto de vista da branquitude. Podemos recorrer a autora Neusa Santos Souza (1983) que traz a concepção de o “Ideal de Ego” ser branco e, desse modo, a branquitude, bem como seu conhecimento, experiências, valores éticos e morais passam a ser entendidos nessa perspectiva de superioridade. Em contrapartida, não-brancos e aqui evidenciado, pessoa negras tem de se enxergarem e encaixarem dentro dessa lógica inalcançável para si, como aponta a autora:

 

“à experiência de ser negro numa sociedade branca. De classe e ideologia dominantes brancas. De estética e comportamentos brancos. De exigências e expectativas brancas. Este olhar se detém, particularmente, sobre a experiência emocional do negro que, vivendo nessa sociedade, reponde positivamente ao apelo da ascensão social, o que implica na decisiva conquista de valores, status e prerrogativas brancos.” (SOUZA, 1983, p. 17).

 

Essa constituição de um pensamento hegemônico e universal, que sistematicamente reforça o entendimento do mundo através da perspectiva colonial, acaba por invalidar outras percepções de mundo, outras formas de conhecimento e a compreensão que os processos de aprendizagem não ocorrem apenas no ambiente escolar ou de educação formal, mas também fora dele, nos diversos espaços do cotidiano e isso contribui para que as aprendizagens se tornem mais significativas. É preciso pensarmos numa educação plural e diversa culturalmente, como aponta Bell Hooks:

 

“Para que o esforço de respeitar e honrar a realidade social e a experiência de grupos não brancos possa se refletir num processo pedagógico, nós, como professores - em todos os níveis, do ensino fundamental à universidade-, temos de reconhecer que nosso estilo de ensino tem de mudar. Vamos encarar a realidade: a maioria de nós frequentamos escolas onde o es tilo de ensino refletia a noção de uma única norma de pensamento e experiência, a qual éramos encorajados a crer que fosse universal. Isso vale tanto para os professores não brancos quanto para os brancos.” (Hooks, 2017, p. 53)

 

Dessa forma, entendo assim como Hooks (2017) que é preciso romper com os pactos educacionais que reforçam as lógicas de dominação e colonialismo, portanto, vejo na educação uma revolução. Dessa forma, podemos pensar em uma educação antirracista, antissexista, antilgbtfobica, ou seja, uma educação libertadora, rompendo com os pactos coloniais enraizados na nossa constituição, para que consigamos buscar e construir uma sociedade mais equânime.

 

No livro Ensinando a Transgredir (2017), da autora Bell Hooks, ela traz alguns relatos sobre a vivência escolar e um deles, é o da sua relação com a escola, que foi no período da segregação institucionalizada nos EUA. Assim, ela fala da sua experiência em estudar tanto em uma escola segregada, quanto em uma escola integrada com pessoas brancas, trazendo algumas dificuldades sentidas por ela. Ao falar da escola segregada, ela nos diz que quase todas as professoras eram negras e tinham como prática e compromisso, uma educação que buscava “nutrir nossos intelectos para que pudéssemos nos tornar acadêmicos, pensadores e trabalhadores do setor cultural – negros que usavam a “cabeça”.” (Hooks, 2017, p.10). Além disso, a autora nos demonstra um sentimento de alegria, que ela descreve enquanto prazeroso ao frequentar as aulas, que para si “a escola era o lugar do êxtase – do prazer e do perigo. Ser transformada por novas ideias era puro prazer.” (Hooks, 2017, p.11).

 

Na sequência da leitura, temos a narrativa de sua experiência ao estudar em uma escola integrada, na qual nos comenta que perde o prazer em estudar, pois, passa a ter que lidar diretamente com a lógica colonial, com colocações racistas no seu aprendizado e no seu cotidiano escolar. Assim, relata violências vividas ao dizer que “éramos obrigados a enfrentar a todo momento os pressupostos racistas dos brancos, de que éramos geneticamente inferiores, menos capacitados que os colegas, até incapazes de aprender.” (Hooks, 2017, p.12).

 

Podemos constatar que, obviamente, a crítica dela não é sobre a escola ser integrada ou não, mas sim, o modo de ensinar, os posicionamentos políticos dos professores, a estrutura que organiza o cotidiano escolar em relação aos alunos negros, como podemos observar quando diz que “os raros professores brancos que ousavam resistir, que não permitiam que as parcialidades racistas determinassem seu modo de ensinar, mantinham viva a crença de que o aprendizado, em sua forma mais poderosa, tem de fato um potencial libertador.” (Hooks, 2017, p.13). É possível perceber nesse relato de Hooks, sobre sua experiência escolar, uma grande diferença entre a relação de ensino-aprendizagem, de um lado a estrutura escolar que leva em consideração as demandas dos alunos e de outro, uma estrutura que reproduz a perspectiva da universalidade pela branquitude, inclusive, trazendo um sentimento de não pertencimento ao mundo intelectual.

 

Desse modo, torna-se impossível não perceber o quanto o racismo está presente no cotidiano, do escolar ao universitário, como podemos enxergar também na obra Pequeno Manual Antirracista (2019), no qual a autora Djamila Ribeiro traz uma narrativa acerca do apagamento de mulheres negras na contribuição intelectual, como nos explica ao falar que “durante os quatro anos de minha graduação em filosofia, não me sugeriram a leitura de nenhuma autora branca, que dirá negra.” (RIBEIRO, 2019, p. 63).  Assim, o racismo é refletido na construção do nosso pensamento científico, pois faz parte da ordem social e como aponta Almeida:

 

“em uma sociedade em que o racismo está presente na vida cotidiana, as instituições que não tratarem de mareia ativa e como um problema a desigualdade racial irão facilmente reproduzir as práticas racistas já tidas como ‘normais’ em toda a sociedade. É o que geralmente acontece nos governos, empresas e escolas em que não há espaços ou mecanismos institucionais para tratar de conflitos raciais e sexuais.” (ALMEIDA, 2020, p.48).

 

Ainda, o autor complementa nos dizendo que a única forma de combater o racismo, logo, o que faz parte da construção do conhecimento científico também, é através de implementações de práticas antirracistas efetivas, pois, é inerente a nossa ordem social. Assim, ele traz para o texto que as instituições são racistas porque a sociedade é assim, ao mesmo tempo, podemos notar, então, que há uma colaboração entre elas, a sociedade é racista, levando a instituições racistas que também contribuem para manter esse aparelho ideológico.

 

Para além da cientificidade racista, ainda temos a evasão escolar e a baixa remuneração salarial no mercado de trabalho que, de forma erronia, simplista e comum, é associada a incapacidade do sujeito negro de equiparar-se aos brancos. Para colaborar com a reflexão cerca dos níveis de escolarização, podemos nos apoiar na autora Sueli Carneiro que no capítulo “Mulher Negra”, do livro Escritos de Uma Vida (2020), traz algumas de suas contribuições e sistematização em tabelas, sobre os níveis de escolarização, taxa salarial e de desemprego da população brasileira da década de 1980. É possível constatar que as pessoas pretas ficam em posições inferiores em relação as pessoas brancas. Ainda, deixa explicito que a mulher preta é a maiorias nas altas taxas de desigualdade, seguido pelo homem negro, a mulher branca e, na melhor posição social, está o homem branco. Ao mesmo tempo, segundo os dados de PNAD (2018), a taxa de analfabetismo é maior na população negra do que na população branca, assim como a taxa de escolaridade, como trouxe Sueli Carneiro os dados da década de 1980.

 

Isso é um dos principais demonstrativos que séculos de sistema escravocrata, além do impedimento de inserção das pessoas pretas na sociedade, dificultaram a produção intelectual negra, assim como retardaram o nosso desenvolvimento econômico. Contudo, torna-se inviável centralizar essas pautas apenas pelo viés econômico. Assim, optei por trazer essa reflexão centrada na educação, pois centralizar a perspectiva através apenas do desenvolvimento econômico é desonesto por vários motivos. O primeiro é que, pessoas pretas foram escravizadas e depois da falsa abolição, houve um incentivo governamental para que as pessoas pretas não trabalhassem com remuneração, desse modo, muitos europeus vieram para trabalhar.

 

Do mesmo modo, as teorias eugenistas do século XX, reforçaram ainda mais essa exclusão de pessoas negras na sociedade brasileira. Assim, não foi pensada a inserção das populações pretas, tampouco suas culturas foram valorizadas, afinal, a estimativa era que o Brasil tornar-se-ia um país branco, como aponta Abdias Nascimento:

 

“O processo de miscigenação, fundamentado na exploração da mulher negra, foi erguido como um fenómeno de puro simples genocídio. O problema seria resolvido pela eliminação de população afrodescendente. Com o crescimento da população mulata, a raça negra iria desaparecendo sob a coação do progressivo clareamento da população do país. Tal proposta foi recebido com elogios caloroso e grandes sinais de alivio otimista pela preocupada classe dominante.” (NASCIMENTO, 2016, p.84)

 

Em contrapartida, contrariando as previsões eugenistas, coloniais de futuro que fundamentaram nossa construção histórica, se buscarmos sobre a população brasileira atualmente, podemos perceber que essas expectativas foram frustradas, pois, segundo os dados da PNAD (2018) cerca de 55,8 % da população brasileira se autodeclara negra. Contudo, é possível perceber a lógica colonial presente, pois, a PNAD também nos aponta que 75,2% dos mais pobres no Brasil são negros, enquanto 70,6% dos mais ricos são brancos. Desse modo, podemos trazer uma breve noção da necessidade de discussões e reflexões acerca da educação na luta antirracista, pois, a partir desse posicionamento, poderemos nos aprofundarmos mais em debates que busquem por equidade, podendo enriquecer e contribuir no debate sobre desigualdades. Portanto, torna inviável e inadmissível que ótica colonial nos seja imputada diariamente, inclusive nos âmbitos educacionais, como a hegemônica, universal. É reduzir o nosso conhecimento de mundo a uma perspectiva de “uma história única”, como aponta a escritora Chimamanda Ngozi Adichie (2019), desse modo, é invalidar outras formas e fontes de conhecimento.

 

Referências biográficas

 

Joyce Silva Cardoso, bacharela em História pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), discente no curso de História Licenciatura pela mesma universidade e mestranda no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

 

Referências bibliográficas

 

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Companhia das Letras, 2019.

 

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020.

 

CARNE, Sueli. Escritos de uma vida. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

 

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.

 

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Editora Perspectiva SA, 2016.

 

PNAD, IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf>. Acessado em: 29 abr. 2021.

 

SANTOS SOUZA, Neusa. Tornar-se negro ou As Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social. Rio de Janeiro: Graal, v. 2, 1983.

 

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019.

 

11 comentários:

  1. Olá, boa noite. Sou o Victor, professor e mestrando em História Social pela Universidade Estadual de Londrina e, primeiramente, gostaria de elogiar teu texto. Ótimas reflexões e bastante atuais. Parabéns!

    Lendo o teu texto me veio à mente as situações de violência tão naturalizadas na nossa sociedade, e concordo com o teu ponto de vista que isso seja fruto de um passado colonial. Sabemos também que a violência se dá de diversas formas de violência, seja por meio da impunidade, desigualdade social, discriminações, etc. Concordo também que a educação seja o caminho para a construção de uma sociedade antirracista, mais justa e democrática. Nesse sentindo, buscando romper com essa estrutura de educação que, em suas palavras, reforçam as lógicas de dominação e colonialismo, como o Ensino de História pode contribuir para esse fim?

    Um forte abraço e mais uma vez parabéns pelo texto!!!!

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    1. Olá, professor Victor! Muito obrigada pelo seu comentário!
      Entendo que as pequenas transformações históricas contribuem para esse processo, pois muitas questões, agentes históricos passam a também a serem escutado. Partindo da perspectiva do ensino de história, compreendo que a relação de proximidade do cotidiano do aluno com as questões a serem debatidas em sala de aula faz muita diferença, principalmente porque traz a possibilidade de expansão do pensamento e criticidade sobre o contexto que está inserido. Penso que uma das formas mais eficazes de manter essa estrutura é através da alienação, assim como as péssimas condições de trabalho as quais os professores são submetidos, que acaba contribuindo para que esse sistema seja mantido.
      Eu mesma só fui entender que acontecimentos históricos são processos e não acontecimentos pontuais na faculdade.
      Assim como quando eu era aluna de ensino fundamental e médio, só via pessoas negras na história do Brasil enquanto escravizadas, nunca como agentes históricos. Não sei se consegui te responder hahah mas é uma grande análise s se fazer.

      Mais uma vez, muito obrigada pelo seu comentário e qualquer coisa a mais podemos conservar pelo e-mail joycescardoso@outlook.com.

      Abraços, Joyce Cardoso.

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  2. Profª Joyce Silva Cardoso, primeiramente quero parabeniza-la pelo seu ótimo artigo em se tratando da Perspectiva Histórica sobre a Necessidade de uma Educação Antirracista, Dentro dessa contextualização a minha pergunta está direcionada na questão se existe políticas públicas ao combate de fato ao racismo estrutural, se a falta da mesma está nos conduzindo a uma perca de autonomia e identidade, pois estamos presenciando a cada dia uma certa falta de interesse sobre o tema devido a radicalização política ideológica que está no controle do país?
    Márcio José Lima Lisboa

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    1. Olá, Márcio José Lima Lisboa! Muito obrigada pelas suas considerações!
      Existem algumas políticas públicas, mas ainda não são o suficientes. No caso da lei de cotas, existe a questão das fraudes, as violências contra alunos cotistas, tanto de alguns professores quanto de alunos. Quando pensamos na lei do ensino de história afro-brasileiras e indígenas, ainda temos alguns professores que reproduzem muitos estereótipos. E esses desgoverno ao qual estamos inseridos, corrobora para que essa caminhada em busca de equidade seja ainda mais difícil.
      Espero que essa resposta tenha trago alguma contribuição! Muito obrigada pelas suas considerações. Abraços!

      Joyce Silva Cardoso

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    2. qualquer coisa a mais podemos conservar pelo e-mail joycescardoso@outlook.com. Abraços

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  3. Olá, Joyce, achei seu texto de suma importância, principalmente em decorrência dos atos antirracistas em nível internacional que temos visto com mais afinco desde o ano passado. Acredito que a definição do Silvio Almeida em relação ao racismo estrutural foi fundamental para iniciar essa discussão. Em escolas, sabemos que o racismo é abordado unicamente no mês de novembro devido ao dia da consciência negra, tendo em vista sua conclusão de que é necessária a execução de uma educação antirracista para mudar os rumos da nossa história que é bastante racista, de que forma você considera que se possa ser trabalhado o antirracismo em escolas durante o ano letivo como um todo e não apenas no mês da consciência?

    Augusto Agostini Tonelli

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    1. Olá, Augusto Agostini Tonelli! Muito obrigada pela sua contribuição!
      Sim, considero ser possível que sejam trabalhadas questões que buscam equidade, que se desenvolvam em uma perspectiva do antirracismo ao longo do ano, seja através das nossas escolhas metodológicas, quanto teóricas. Assim como com atividades de leitura, conversas, trabalhos visuais, isso vai depender também da turma que estamos trabalhando. No caso de adolescentes mais velhos, temos muitos sites e perfis da Internet, além de ser questões a serem discutidas que fazem parte da realidade do aluno.
      Muito obrigada pela sua contribuição!
      E qualquer coisa pode entrar em contato comigo pelo e-mail joycescardoso@outlook.com. Abraços!

      Ass, Joyce Silva Cardoso

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  4. Boa noite Joice!
    Parabéns pelo texto e pelo tema tão importante que trouxe em seu bojo.
    Gostaria de saber se tem sugestões sobre metodologias e materiais para usarmos em sala de aula e que possibilitam a atuação mais ativa dos próprios alunos a fim de conscientizá-los sobre o racismo presente em nossa sociedade e como podem combatê-lo.
    Obrigada!
    Maristela Sant'Ana de Oliveira

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    1. Olá, Maristela Sant'Ana de Oliveira! Muito obrigada pela sua colaboração!
      Tem dois livros que eu gosto muito que conversam diretamente com a perspectiva da educação, que são "ensinando a transgredir" da bell hooks e "o movimento negro educador" da Nilma Lino. Nos dois livros podemos encontrar caminhos para pensarmos sobre nossas práticas de ensino. Mas, os matérias e abordagem também varia de acordo com a turma. Penso que diálogos com os alunos e atividades que envolvem questões do cotidiano, televisão, brincadeiras, Internet, entre outros, abriria espaço para diversos questionamentos e assim, colaborar para a formação e expansão do pensamento crítico. Espero que essa resposta tenha contribuído de alguma forma.
      Qualquer coisa estou a disposição pelo e-mail joycescardoso@outlook.com.
      Muito obrigada pela sua colaboração. Abraços!

      Ass, Joyce Silva Cardoso

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